Utilizada como alimento e produto medicinal pelos egípcios há mais de 4 mil anos, cada exemplar da planta produz de 100 a 150 tubérculos. Entre as várias possibilidades de uso está o azeite virgem de alta qualidade, a farinha, utilizada na panificação e a bebida láctea, conhecida na Espanha como “Horchata de Chufa”, alternativa para os leites de vaca e soja. Suas propriedades diuréticas permitiram sua aplicação como medicamento em outros países, além de estar presente em cosméticos.
De acordo com os dados obtidos na pesquisa, a junça é uma importante fonte de calorias, com 347 Kcal para cada 100g, sendo recomendada para dietas de ganho de peso. Em relação à quantidade de carboidratos, ela apresenta 29,4 %, o dobro da taxa da batata inglesa, bastante presente na mesa do brasileiro.
Com 5 vezes mais proteínas do que a batata inglesa e 10 vezes a da mandioca, a junça possui 11% de proteínas. Enquanto batata inglesa, batata baroa, batata doce e mandioca apresentam apenas traços de lipídios, ela possui 20,5% do nutriente.
Para Adriana, essas propriedades mostram o grande potencial da junça na alimentação humana. “Diante destes resultados podemos aproveitar a qualidade e a disponibilidade da planta dentro de programas governamentais, aplicada em preparações da merenda escolar”, diz.
Bolos, cereais, barra de cereal, recheio de bolos e tortas, pães e pastéis podem ser amplamente difundidos inclusive na reeducação alimentar. Essa e outras análises nutricionais são realizadas no Laboratório de Análises Físico-Químicas do Programa de Controle de Qualidade de Alimentos do Pavilhão Tecnológico da UFMA.
ASCOM UFMA