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Desmond-TutuA Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) concede, no dia 28 de outubro, às 9h, no TUCA, o título de Doutor Honoris Causa ao Bispo Anglicano Desmond Mpilo Tutu. Nascido em 1931, na África do Sul, Desmond Tutu é reconhecido pela sua firme posição contra a segregação racial, tendo sido contemplado, em 1984, com o Prêmio Nobel da Paz.
Além do reconhecimento pela sua incansável campanha pelo fim do apartheid e pela promoção da reconciliação e democracia na África do Sul, o título concedido pela PUCPR ressalta o seu papel como um peregrino global para propagar valores espirituais, os direitos humanos, a não violência e a tolerância, assim como sua luta incessante contra a pobreza, o preconceito e o racismo entre todos os povos da Terra.

O título de Doutor Honoris Causa constitui a mais alta dignidade acadêmica que a Instituição pode outorgar a personalidades nacionais ou estrangeiras, que tenham contribuído, de modo eminente, para o progresso das ciências, cultura e educação. O título dignifica tanto a pessoa que recebe, por enriquecer o seu currículo e ter a sua atuação reconhecida por uma Universidade, quanto a instituição que o concede, por ser promovida em favor de causa nobre.

Biografia - Desmond Mpilo Tutu nasceu em Klerksdorp, próximo a Johannesburgo, África do Sul, em 1931.  Estudou na Escola Normal de Johannesburgo e, em 1954, na Universidade da África do Sul. Trabalhou como professor secundário e ordenou-se ministro anglicano em 1960. De 1967 a 1972, estudou Teologia na King´s College, Universidade de Londres. Em 1975, foi nomeado decano da Catedral de Santa Maria, em Johannesburgo, uma posição pública que o fazia ser ouvido. Sagrado bispo, dirigiu a diocese de Lesoto de 1976 a 1978, ano em que se tornou secretário-geral do Conselho das Igrejas da África do Sul.     

Sua proposta para a sociedade sul-africana incluía direitos civis iguais para todos, abolição das leis que limitavam a circulação dos negros, um sistema educacional comum e o fim das deportações forçadas de negros. Em 1994, após a extinção do apartheid, presidiu a comissão de Reconciliação e Verdade, destinada a promover a integração racial na África do Sul, com poderes para investigar, julgar e anistiar crimes contra os direitos humanos praticados na vigência do regime.

Em 1997, divulgou o relatório final da Comissão, que acusava de violação dos direitos humanos tanto as autoridades do regime racista sul-africano como as organizações que lutavam contra o apartheid. Na mesma época em que recebeu o Prêmio Nobel da Paz, foi eleito arcebispo de Johannesburgo e, depois, da Cidade do Cabo. Recebeu o título de doutor honoris causa de importantes universidades dos EUA, do Reino Unido e da Alemanha. Publicou diversos livros, o último dos quais se intitula God Has a Dream.