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Dos mais de 31 milhões de jovens brasileiros, cerca de 5 milhões ingressam hoje na educação superior. E a qualidade dessa formação é regulada pelo Ministério da Educação por meio de processos de avaliação dos cursos (titulação dos professores, base física e tecnologia adequadas para a oferta e organização e atualização das disciplinas) e do desempenho dos alunos.
Entre os aspectos avaliados também se destaca o desempenho dos egressos do curso no mundo do trabalho, medido sobretudo pelas atividades assumidas pelo profissional e pela inserção dele em cargos estratégicos e de liderança. E tudo isso indica, aos gestores da educação superior, a excelência da formação.

Isso porque não é somente o mercado de trabalho que se modifica com as transformações decorrentes da internacionalização do capital e da globalização da economia. Com ele também mudam o perfil do trabalhador e as relações de trabalho. Por isso é cada vez mais raro se ouvir falar em contratos vitalícios entre empregador e empregado ou estabilidade — cenário que aponta a necessidade de profissionais com perfil para a “empregabilidade”.

O termo não chega a ser moda na mídia, mas já vem conquistando espaço nos diálogos universitários e nas grandes corporações. Trata-se de uma série de atributos que conferem diferencial ao profissional — como autonomia, pensamento sistêmico, autopercepção, automotivação, capital intelectual, capacidade de análise social, visão de futuro e habilidade interpessoal. Ou seja, a empregabilidade pressupõe características que extrapolam a formação universitária — o domínio de conhecimentos técnicos e a exibição de habilidades específicas na área de atuação profissional.

Hoje é possível verificar, no mercado, a configuração de uma demanda crescente por profissionais que saibam gerir a própria carreira, responsabilizando-se pelo seu desenvolvimento e pelo planejamento da sua trajetória, e, além disso, sejam flexíveis e criativos no relacionamento com as equipes de trabalho, falem outros idiomas, tenham vida pessoal equilibrada e encarem grandes mudanças como oportunidades para crescer.

Essa tendência tem tudo para se tornar irreversível, tendo em vista que convém ao empregador, consolidando, cada vez mais, a gestão de recursos humanos com ênfase em resultados e diminuindo a responsabilidade da empresa quanto à trajetória pessoal do seu empregado — que assume, por autonomia, o risco e o compromisso de empreender novos percursos na sua área, preparando-se, continuamente, para novos desafios, seja pelo networking, seja investindo na sua formação superior. E aí situa-se o papel da Universidade — de investir na formação de cidadãos e profissionais com perfil para a empregabilidade.

Por Amândia Maria de Borba, vice-reitora da Universidade do Vale do Itajaí (Univali)

Assessoria de Comunicação e Marketing Institucional/ Univali - SC