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Petróleo do pré-sal abre novas perspectivas para o Brasil - e para a UnB
O bilhete premiado dos brasileiros está a 7 mil metros de profundidade e tem nome: pré-sal. Segundo o governo federal, a reserva de petróleo descoberta pela Petrobras em 2006 é a promessa da erradicação de problemas sociais e da colocação do país como uma das principais potências petrolíferas do mundo. Nesta terça-feira, o seminário Pré-sal e o Futuro do Brasil debateu as diretrizes da exploração da jazida.

Só para se ter idéia do tamanho da riqueza, em apenas três anos de exploração do reservatório o país acumulou cerca de 15 bilhões de barris, mais do que os 14 bilhões reunidos em toda a história de retirada do óleo no Brasil. Como se não bastasse, as previsões mais otimistas dão conta de que os 142 km² do Pré-sal podem gerar até 100 bilhões de barris para o Brasil nos próximos 20 anos.
 
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, afirmou que a vontade do governo federal é de que parte dos lucros da produção seja destinado ao Fundo Social da União. “O pré-sal é dos 190 milhões de brasileiros, dos 27 estados e dos 5.561 municípios do país. Esse lucro representa um grande salto na erradicação da pobreza, e de melhorias significativas nas áreas de educação, cultura, ciência e meio ambiente”, afirmou a ministra. 
 
UnB - A Universidade de Brasília tem participação fundamental nas descobertas do tesouro negro, responsável por 12% do PIB brasileiro. A parceria entre a Instituto de Geologia (IG) e a Petrobras, principalmente por meio da análise de ostracodes – crustáceos pré-históricos que ajudam a identificar a idade das rochas mais propensas à existência de petróleo – levou à descoberta de diversos reservatórios, como o Pré-sal. "São tecnologias de exploração do solo tanto em terra como no fundo do mar. As parcerias com a estatal tem se mostrado frutíferas", comentou o professor do IG, José Eduardo Pereira. 
 
Um nova parceria proposta pela empresa estatal à UnB pode levar a descoberta de outro grande reduto de óleo e gás natural em terras brasileiras nos próximos anos. “Ainda são dados preliminares, mas trata-se de uma possível jazida com aproximadamente 9.000 km de extensão, que vai do Mato Grosso do Sul ao Ceará e segue rumo ao continente africano”, detalhou o geólogo do IG Reinhardt Fuck.
 
FUNDAÇÕES - Em reunião nesta terça-feira com o reitor José Geraldo, representantes do IG expuseram as dificuldades de dar continuidade às pesquisas sem as fundações de apoio. O prosseguimento das pesquisas depende da captação de recursos, que foi comprometida depois do descredenciamento das fundações.
 
“As questões administrativas precisam ser discutidas com urgência para não comprometer o andamento dos estudos”, comentou o professor Pereira. Segundo Reinhardt Fuck, há R$ 36 milhões em negociação para investimento nas pesquisas entre a universidade e a estatal. 
 
Em resposta, o reitor se comprometeu a estudar possibilidades de viabilizar a continuidade dos projetos do IG em parceria com a Petrobras. “Não podemos perder a oportunidade, pois é de grande importância científica para a UnB e para o país”, resumiu José Geraldo.

UnB Agência