O trabalho apresentado ao Programa procurou evidenciar as vantagens ambientais e tecnológicas da Sterrad, máquina de esterilização de materiais hospitalares da Johnson & Johnson. Leandro Cizotto, que atuou durante a parceria com a multinacional e atualmente é um dos gerentes de Consultoria da FEA júnior USP, conta que sua equipe foi contratada para fazer um estudo de custo da Sterrad. Ele acredita que o diferencial do aparelho era o fato de ser ecologicamente sustentável, por não utilizar água e gastar menos energia elétrica do que as concorrentes. “No entanto, o produto da Johnson era tido no mercado como mais caro”, aponta Leandro, “e, assim, o nosso trabalho foi auditar os resultados para que a empresa pudesse quebrar o mito da discrepância de custos”.
Dessa forma, a FEA júnior USP elaborou para a Johnson um relatório que apresentava, entre outros pontos, os aspectos em que a máquina era mais econômica e aqueles em que não era. “Do ponto de vista do cliente, isso possibilitou a adoção de estratégias precisas para reduzir valores nos pontos em que a sua máquina era desvantajosa em relação à concorrente”, afirma Leandro.
Mais tarde, por conta da proximidade que os universitários adquiriram com o produto no período de consultoria para a Johnson, coube à empresa júnior a elaboração do case que acabou levando à conquista do Selo Verde pela multinacional. Retomando dados sobre a origem e o desenvolvimento da máquina Sterrad no Brasil, a apresentação do case teve como tema a trajetória iniciada pela Johnson há dois anos, que envolve educação continuada e aproximação com hospitais.
O diretor de Consultoria da FEA júnior USP, Bruno de Melo e Sousa, conta que o feedback do cliente após o trabalho foi muito positivo. “Os responsáveis pela idealização e inscrição no projeto ficaram muito satisfeitos e agradeceram todo o esforço e dedicação, inclusive abrindo portas para um novo projeto quando surgisse uma nova oportunidade”, relata. Bruno também ressalta o significado dessa conquista para a visibilidade e reconhecimento da empresa júnior diante do mercado. “Esse tipo de consultoria sempre foi feito internamente, ou seja, não era um serviço que comercializávamos”, explica. “Entretanto, com a oportunidade oferecida pela Johnson, conseguimos mostrar que também alcançamos sucesso na elaboração de cases para nossos clientes”.
Renato Frade trabalhou ao lado de Leandro Cizotto na elaboração do case, no primeiro semestre de 2009. Atuando hoje como um dos gerentes de Consultoria da empresa júnior, ele ressalta a importância de premiações para modelos de gestão socioambientalmente responsáveis, tanto para o mercado quanto para a sociedade. “Trata-se de um incentivo muito importante para o aumento nos investimentos em tecnologias sustentáveis”, diz.
A opinião de Renato é compartilhada por Adejair Cristino, Especialista de Produto da Johnson & Johnson, que orientou e forneceu dados internos da multinacional à FEA júnior USP para a elaboração do case. "Além de estimular a renovação constante das práticas empresariais, o prêmio também nos oferece a oportunidade de buscar alternativas de gestão sintonizadas ao mesmo tempo com a ecologia humana e do planeta", acrescenta Adejair.
Organizado pelo Instituto Mais, o programa Benchmarking Ambiental Brasileiro concluiu este ano a sua 7a edição e já premiou empresas renomadas como Volkswagen, Bradesco, Avon, Ambev, Faber-Castell, entre outras.
Empresa Júnior de Jornalismo da ECA - USP - J.Júnior