
A iniciativa foi uma parceria do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios (FGVCenn) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV (FGV-EAESP) com o próprio Facebook.
Num evento aberto pela professora Maria Tereza Fleury, diretora da EAESP, Zuckerberg, que cursou Ciência da Computação pela Universidade de Harvard, contou como criou praticamente do nada o que é hoje a maior rede de relacionamento virtual do mundo, com mais 250 milhões de pessoas conectadas.
Segundo Mark, o Facebook nasceu em 2004 com a idéia de conectar alunos de Harvard para partilhar informações e saber o que faziam ali os cerca de 6.000 estudantes que entraram nessa espécie de embrião do Facebook.
A rede cresceu tanto que, dois anos depois, foi preciso abri-la para assinantes em geral e, em 2008, criar páginas traduzidas para idiomas dos mais diversos países do mundo. Zuckerberg expôs números impressionantes do Facebook, como mais de um bilhão de uploads de fotos e mais de 10 milhões de vídeos postados, em média, por mês.
A idéia de trazer Zuckerberg ao Brasil, segundo Tales Andreassi, coordenador do FGVcenn, foi fruto de uma vontade do próprio Mark, que já manifestara o interesse de realizar uma palestra no Brasil, país com 1,3 milhão de usuários ativos do Facebook (sem contar aqueles que se cadastram e não utilizam o serviço): “Mark queria falar numa escola de prestígio, e escolheu a FGV”, afirma Andreassi.
Para Tales, palestras de pessoas como Mark, que conseguiram realizar coisas grandiosas tão cedo a partir de boas idéias, carregam um fator motivacional muito grande para os alunos. “Você vê uma pessoa de 25 anos capaz de realizar um empreendimento que envolve 250 milhões de pessoas em todo o mundo e isso leva a alguns questionamentos interessantes. Será que trabalhar num grande banco de investimento é minha única opção? Se tenho uma boa idéia não é melhor trabalhar nela? Esse é o espírito do Centro de Empreendedorismo: questionar se as grandes corporações são o único caminho para jovens formados”, explica.
Aluna da Pós-Graduação da CEAG, Fernanda Tribst assistiu a palestra e parece ter entendido a mensagem: “A palestra mostrou como jovens pessoas sem recursos financeiros iniciais podem desenvolver grandes empreendimentos”, diz, destacando ainda que o que Mark expôs serviu para mostrar o poder da internet e do fenômeno da globalização.
Para Laura Pansarella, do FGVcenn, que coordenou o evento de Mark Zuckerberg dentro da FGV, o encontro cumpriu o objetivo de pôr os alunos em contato com um jovem empreendedor internacional, que desenvolve um produto jovem e que fala a linguagem deles. “Dar exemplos reais e viáveis é essencial para despertar a visão empreendedora dos alunos. E, para eles, o Mark é considerado um ícone, assim como o Bill Gates”, disse, acrescentando que foi uma grande honra receber a equipe do Facebook na FGV-Eaesp, “todos muito simpáticos e acessíveis”.
FGV Comunicação e Marketing