Além do superintendente do Ibama, que representou o Ministério do Meio Ambiente e o presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, estavam presentes na mesa de abertura o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, José Carlos Neves Epiphanio e Lênio Galvão, coordenadores do SBSR; o diretor do INPE, Gilberto Câmara; Pedro Ronalt Vieira, do Serviço Geográfico do Exército; Kalazans Bezerra, secretário do Meio Ambiente e Urbanismo de Natal; Edna Maria da Silva, pró-reitora de Pós-Graduação da UFRN; Maria José Resende Oliveira, do Centro de Pesquisa da Petrobras; Luis Paulo Fortes, diretor de Geociências do IBGE; e Pierre Soler, do Institut de Recherche por le Développement (IRD).
O diretor do INPE disse, na abertura do evento, que o Google popularizou a informação. “Hoje, qualquer pessoa busca uma imagem de satélite para se localizar. Esta é uma das mudanças na cultura do sensoriamento remoto”. Para ele, a outra mudança é a facilidade de obtenção dos dados e o Brasil é o primeiro país a colocar todos os seus dados livres pela internet, sem custo e sem qualquer tipo de restrição.
Conhecer e trabalhar com as diversas informações oferecidas pelos novos programas de observação da terra foi o desafio lançado à platéia de mais de mil pessoas, grande parte estudantes de mestrado e doutorado. “O sensoriamento remoto, enfim, tornou-se um dado para o dia a dia. E, agora, teremos que considerar dados de múltiplos sensores em nossos estudos. Estamos em um novo patamar científico”, disse Gilberto Câmara.
Na oportunidade, Alvamar abriu a exposição técnica do simpósio onde o Ibama participa com um estande que mostra as atividades que o Centro de Sensoriamento Remonto realiza. O chefe do centro, Humberto Mesquita, marca presença com sua equipe no atendimento aos participantes do evento. Com o objetivo de capacitar e reciclar conhecimento neste campo de atuação do Ibama, a equipe do CSR, além de atender os congressistas, participa das palestras e cursos, e busca uma maior interação com os expositores, professores e pesquisadores.
Programação
Amazônia, cerrado, semi-árido, calibração, educação, processamento de imagens, agricultura, oceanografia, novos sensores, meio ambiente e mudanças climáticas são alguns dos temas em discussão no SBSR. Participam do evento 50 dos maiores especialistas internacionais em sensoriamento remoto, instituições de todos os estados brasileiros e mais de 1500 inscritos.
Entre os temas que estão sendo discutidos, destacam-se as novas missões para observação da terra, o Programa Espacial Brasileiro e a contribuição do sensoriamento remoto para estudos de mudanças ambientais globais. A programação conta com 21 Sessões Especiais e Workshops, 24 Sessões Orais com nove trabalhos cada, 51 sub-sessões de pôsteres, entre outras atividades, além da Exposição Técnico-Científica.
Prêmios
Durante a abertura, foram premiados os cinco melhores trabalhos com Dados do Satélite Sino-Brasileiro Cbers e os cinco melhores trabalhos de Iniciação Científica. Os 10 trabalhos vencedores receberam R$ 1.000,00 cada. Na categoria de iniciação científica, o prêmio foi patrocinado pela Space Imaging; na de uso de dados Cbers, pela AMS Kepler.
A comissão julgadora levou em conta a originalidade, a pertinência do tema, o rigor científico, a clareza e a qualidade da apresentação. Escolher os melhores não foi tarefa fácil, pois foram aprovados 1.012 trabalhos pelo Comitê Técnico-Científico do XIV SBSR. A lista completa dos trabalhos que estão sendo apresentados em Natal está em http://www.dsr.inpe.br/ sbsr2009/aceitos/.
Antonio Carlos Lago
Ascom Ibama Sede