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Camila Giorgi LazarimA aluna de graduação do Instituto de Física (IFGW) da Unicamp Camila Giorgi Lazarim encarou um desafio de desenvolver um projeto na área de agrometeorologia. Enquanto participava de uma aula da matéria eletiva “Princípios físicos do sensoriamento remoto” no Instituto de Geociências (IG), na ocasião abordada pelo pesquisador do Cepagri, Jurandir Zullo, já pensava em fazer um trabalho que fugia ao foco principal da Física.
Tomou o primeiro passo nesta direção procurando Zullo para ser seu orientador. O trabalho ganhou corpo no projeto de iniciação científica em que recebeu bolsa do CNPq. Depois de apresentado, foi encaminhado à organização do XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, que acontecerá de 25 a 30 de abril em Natal (RN). Para sua surpresa, ela será uma das cinco premiadas no evento, graças ao trabalho "Estimativa da temperatura da superfície terrestre, através de imagens do satélite AVHRR/NOAA, destinada ao monitoramento agrometeorológico". No próximo domingo ela receberá pessoalmente um certificado de mérito no Simpósio, tido como o principal evento na área de Sensoriamento Remoto do Brasil, com mais de 1.500 trabalhos que serão apresentados.  

O trabalho, segundo Camila, pode ter várias aplicações para a agricultura. Uma delas é no mapeamento das áreas afetadas pelas geadas, no caso no Paraná, local em que as geadas são mais frequentes que no Estado de São Paulo, por causa das baixas temperaturas. A pesquisa comparou as temperaturas obtidas pela análise de satélite com as fornecidas pelas estações meteorológicas de superfície. Segundo Camila, foram obtidas boas correlações, sugerindo a possibilidade de uso das imagens de satélites para mapear a temperatura de superfície, com a vantagem de ter um melhor detalhamento para o monitoramento das geadas. O período estudado abrangeu os anos de 2002 e 2003. Camila conta que agora já se estuda a proposta de colocar em operação esse procedimento no Paraná como programa do sistema do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), sem falar em sua publicação, em breve, em alguma revista de reconhecido impacto.

Zullo revela que a área espacial até hoje recebeu poucos recursos em termos de equipamentos, mas investiu bastante na formação de pessoal. Admitiu que este primeiro prêmio de Camila, que tem 22 anos, é interessante para a aluna, reconhece o trabalho que vem sendo realizado na área e mais uma vez dá relevo à pesquisa feita na Unicamp. A aluna relata que na verdade o seu trabalho dá continuidade a um outro desenvolvido por um aluno da graduação, que também foi premiado. Assim sendo, ela julga a sua abordagem acertada e com amplas possibilidades de serem ainda exploradas. A meteorologia sempre foi um tema que a fascinou.

Comunicação Social Unicamp