o Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA), o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a EMBRAPA-Agrobiologia, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a EMATER-Rio. O projeto, que visa divulgar informações sobre atividades florestais e adequação ambiental nas cidades, abarca Campos e outras cidades fluminenses.
— Muitos produtores não possuíam uma noção de conservação, adequação ambiental e produção florestal, embora alguns destes municípios mostrem aptidão para a atividade. Mas, após as atividades do projeto, junto ao empenho do Estado, percebemos maior sensibilização e interesse dos produtores — conta a coordenadora do projeto, professora Deborah Guerra Barroso, do Laboratório de Fitotecnia da Uenf (LFIT).
O “Semeando o Verde” surgiu em 2004, por demanda induzida, tendo como objetivos estimular e capacitar produtores para práticas florestais e agroflorestais. Entre as ações, foram implantadas unidades demonstrativas de recuperação de áreas degradadas junto a proprietários e produtores rurais. O modelo de recuperação escolhido, dentre os propostos, foi a implantação de sistemas agroflorestais — combinação do cultivos agrícolas e/ou de animais com espécies arbóreas.
Essas unidades demonstrativas, de caráter experimental, integram o “Semeando o Verde”. Através delas, foram feitos plantios de espécies florestais nativas e exóticas nas cidades de Campos, Santa Maria Madalena, Nova Friburgo, Conceição de Macabu, Itaguaí, Duque de Caxias e Nova Iguaçu.
O projeto é dividido em três núcleos: Baixada Fluminense, Região Serrana e Norte Fluminense. Agora, o projeto está articulando os resultados obtidos nas visitas feitas às cidades e vai apresentar um diagnóstico da situação de cada região pesquisada. Para isso, foram feitas entrevistas com os proprietários, produtores.
— Campos, por exemplo, possui um desmatamento intenso, sendo uma cidade com poucos fragmentos florestais — diz Deborah Guerra Barroso, que no projeto também conta com a participação dos professores José Geraldo Araújo Carneiro e Cláudio Roberto Marciano, do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA) da Uenf.
As espécies propostas para integrarem as unidades demonstrativas foram definidas com a participação direta dos produtores das localidades. O que, segundo Deborah, favorece o intercâmbio de experiências entre os próprios produtores e os técnicos envolvidos.
— O Programa de bolsas da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Proex), Universidade Aberta, foi fundamental para viabilizar as atividades do projeto nos diferentes núcleos de atuação — afirma Deborah.
Assessoria de Comunicação Social UENF