Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn
Estudantes de unidades do Sistema S e de institutos federais de educação, ciência e tecnologia de quatro regiões do país participam este ano da Olimpíada do Conhecimento, promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A oitava edição será aberta no domingo, 31, em Belo Horizonte, no Expominas [Centro de Feiras e Exposições]. De terça-feira, 3 de setembro, até sábado, 6, os estudantes apresentarão as práticas que desenvolveram em suas unidades de ensino.
A competição reúne no total 800 jovens, com idade máxima de 21 anos, que cursam o ensino técnico ou fazem aprendizagem profissional em escolas do Senai, do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e de dez institutos federais. Nesta edição, concorrem alunos qualificados em 58 tipos de ocupações técnicas ligadas à indústria, ao setor de serviços e à agropecuária. No Expominas, uma área de 105 mil metros quadrados está preparada para receber as atividades.

De acordo com o coordenador técnico da olimpíada na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, Eder Sacconi, professor do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSul), o estudante apresenta aos avaliadores aquilo ele aprendeu. “Cada candidato vai mostrar sua prática”, diz. Um concorrente que estudou irrigação, por exemplo, deve demonstrar na terra como o sistema é construído e como funciona. “É o processo e o produto.”

Para cada etapa, o aluno recebe uma nota, que será conhecida somente no fim da demonstração de todas as experiências concorrentes naquela área.

Robótica — Do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), um estudante do curso de eletrotécnica integrado ao ensino médio, de 18 anos, e outro do curso técnico de informática integrado ao ensino médio, de 16 anos, vão apresentar experiência profissional com robótica móvel. Professor de informática e mestre em educação no instituto, Rafael Pitwark explica que o desafio de seus dois alunos será programar, diante dos avaliadores, um computador para acoplar, a um robô, uma empilhadeira de caixas para uso na indústria. A empilhadeira, com altura de 25 centímetros e capacidade para levantar até um quilo, foi construída pelos estudantes no laboratório do instituto. Os robôs, segundo Pitwark, permitem acoplar vários dispositivos.

O professor avalia que os estudantes, dedicados desde maio à construção da empilhadeira e à programação do computador para o uso do equipamento, superaram as expectativas. Para Pitwark, mesmo que eles não ganhem medalhas, já são destaque na área. O professor lembra que o curso de eletrotécnica do IFRO é recente e vai formar a primeira turma este ano. A turma de técnico em informática terá a formatura no final de 2015.

Agropecuária — Da região Nordeste, participam da olimpíada estudantes e professores dos institutos federais do Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Pernambuco. Do Norte, os de Rondônia e Tocantins. Do Sudeste, os do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Do Centro-Oeste, o de Goiás. Dos 54 alunos de institutos federais que vão apresentar práticas, 40 fazem de cursos de agropecuária; os demais, de webdesigner, robótica móvel, mecânica automotiva, soluções de software de TI [tecnologia da informação], instrumentação e controle de processo.

De acordo com o professor Eder Sacconi, a maior concentração de alunos dos cursos de agropecuária — nesta edição, envolve irrigação, inseminação artificial e agrimensura — deve-se à participação desses estudantes na Olimpíada Brasileira de Agropecuária, que está na quarta edição.

Ampliação — A expectativa para as próximas edições da Olimpíada do Conhecimento é ampliar as áreas e o número de alunos dos institutos federais. Sacconi avalia que o jovem participante mostra o que sabe fazer e aperfeiçoa os conhecimentos. Ele destaca também a possibilidade de encontro com pessoas de várias áreas, colegas de outros cursos e avaliadores de alto nível de conhecimento.

A Olimpíada do Conhecimento é promovida pelo Senai desde 2001. Naquele ano, a etapa nacional teve 111 estudantes de 26 ocupações profissionais. Em 2002, a competição passou a ter calendário bianual e a aumentar gradativamente o número de selecionados e de áreas profissionais. Na edição de 2014, são 800 concorrentes de 58 ocupações, entre candidatos de cursos do Senai, do Senac e dos institutos federais.

Na fase nacional, o estudante mais bem colocado em cada modalidade concorre a vaga na WorlSkills Competition, que será realizada em São Paulo, em 2015. Na edição mundial de 2013, em Leipzig, Alemanha, o Brasil conquistou 12 medalhas. No ranking dos 53 países que participaram do evento, o Brasil ficou em quinto lugar em número de medalhas e obteve 52 pontos. Ficou atrás da Coreia do Sul (89 pontos), Suíça (73), Taiwan (65) e Japão (56).

MEC Assessoria de Imprensa