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Os 1.962 bolsistas de mestrado, doutorado e pós-doutorado da UnB terão reajuste médio de 10% no valor dos auxílios concedidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As bolsas de mestrado passam de R$ 1.350 para R$1.500 e as de doutorado, de R$ 2.000 para R$ 2.200. Já os bolsistas de pós-doutorado vão receber R$ 4.100, em vez dos R$ 3.700 repassados anteriormente.
O reajuste foi anunciado nesta segunda-feira, 1º de abril, pelo Ministério da Educação (MEC), e constará no pagamento de maio. Em 2012, o governo federal já havia concedido aumento de 10% nos valores de bolsas de pós-graduação e de iniciação científica. O decano de Pesquisa e Pós-Graduação da UnB, Jaime Santana, avalia que o reajuste é um avanço, mas ainda é insuficiente para suprir as necessidades dos pesquisadores. “Nós consideramos que mesmos os novos valores estão aquém da realidade, não compensam o alto custo de vida que o pesquisador encontra em Brasília”, argumenta. “Para que um trabalho seja bem-feito, a pós-graduação, na maioria dos casos, exige dedicação exclusiva”, explica o decano.

Jaime Santana também defende o fortalecimento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). “Todos nós sonhamos que a FAP-DF tenha a força de uma FAPESP”, afirma, referindo-se à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Para se ter uma ideia, o valor de uma bolsa regular de mestrado da FAPESP começa em R$ 1.636,80 e pode chegar a R$ 1.737,60. As bolsas de doutorado partem de R$ 2.412,60 e chegam a R$ 2.985,90. Os bolsistas de pós-doutorado recebem R$ 5.908,80 mensais.

A professora Andréa Maranhão, do Instituto de Ciências Biológicas (IB), afirma que há uma tendência de os melhores pesquisadores migrarem para São Paulo por conta dos benefícios mais atraentes. “Tenho colegas da USP e da Unicamp que conseguem participar de congressos e comprar reagentes de laboratório com a taxa de bancada, um pagamento extra que a FAPESP concede”, explica. “Muitos desses pesquisadores até dispensam o auxílio da CAPES e do CNPq, porque têm uma agência de fomento regional forte”, conclui.

De acordo com o Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação (DPP), a UnB tem cadastrados 892 bolsistas de mestrado (acadêmico e profissional), 526 de doutorado e 16 de pós-doutorado (PNPD institucional) da CAPES. Dados do Mapa de Investimentos do CNPq apontam que a UnB possui 234 bolsistas de mestrado, 256 de doutorado e 38 de pós-doutorado vinculados à agência de fomento à pesquisa. Os alunos que recebem o benefício do CNPq não são cadastrados pelo DPP.

UnB Agência