O estudo avaliou 40 pacientes que estão em tratamento de hemodiálise no Instituto do Rim da Santa Casa de Curitiba. Destes, 67% possuíam deficiência de vitamina D, que está presente em peixes, ovos e cereais fortificados e também pode ser obtida por meio da exposição da pele ao sol. A pesquisa ainda detectou que, entre os pacientes que possuíam déficit da vitamina, a presença de alterações cardíacas era duas vezes maior. Também foi constatado que esses pacientes possuíam disfunção do sistema imune.
“Esta pesquisa é um avanço no tratamento da insuficiência renal, já que até agora a carência da vitamina D nunca foi levada em consideração no tratamento da doença”, diz Pecoits-Filho. O próximo passo, segundo ele, é avaliar o impacto da reposição da vitamina no tratamento das complicações da insuficiência renal.
Estudos - Estima-se de 75 mil pessoas tenham insuficiência renal no Brasil. Além desta pesquisa, a PUCPR apresentará outro estudo na área de diálise peritoneal, que é o maior estudo observacional já realizado no mundo na área. O Estudo Clínico Multicêntrico Brasileiro em Diálise Peritoneal (BRAZPD) envolve 6,3 mil pacientes e 114 clínicas brasileiras. Iniciado em 2004, o estudo tem como objetivo identificar quais os fatores que determinam resultados favoráveis e desfavoráveis no tratamento.
Entre os resultados, Percoits-Filho destaca que a renda familiar não é fator determinante de uma maior mortalidade, nem mesmo de uma maior propensão a complicações do método. “Estes achados permitem expandir o uso da diálise domiciliar a pacientes com um nível socioeconômico mais baixo, o que até então vinha sendo considerada uma contra-indicação para o método”, explica. Outro resultado do estudo é a alta prevalência de anemia e distúrbios metabólicos nos pacientes. “Essa descoberta deve ter um impacto importante e guiar a prática clínica baseada em dados regionais de alta qualidade”.
Um terceiro estudo inédito, também coordenado pela PUCPR, será apresentado durante o Congresso e consiste no teste de uma nova solução de diálise peritoneal à base de icodextrina com melhor eficiência e menores complicações.
Gastronomia – A PUCPR ainda levará para o Congresso o chef de cuisine Celso Freire, do Restaurante Boulevard e um dos coordenadores do curso Superior de Tecnologia em Gastronomia da Universidade. Ele apresentará durante o pré-congresso, no sábado (13), três receitas saborosas preparadas, ao vivo, e especialmente elaboradas para pacientes renais, que necessitam de dieta restritiva de sódio, potássio e baixa relação de fósforo e proteína.
O menu com prato brasileiro, francês e tailandês foi elaborado por Freire e pelas coordenadoras do curso de gastronomia renal e professoras da PUCPR, Martha Pecoits e Lilian Mazurechen, e contou com o auxílio da nutricionista Lílian Cuppari, de São Paulo. Para os participantes, além da degustação dos pratos no final do evento, será servido um coffee break especial preparado pela equipe do curso de Gastronomia da PUCPR.
Assessoria de Comunicação da APC