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A próspera região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, comemorou no ano passado os 40 anos da criação de um dos mais avançados polos de educação e ciência do país, que é a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. E no próximo dia 22, a unidade celebra os 30 anos de sua pós-graduação, que tem formado docentes e pesquisadores de destaque no cenário nacional e internacional – como atestam as avaliações institucionais e o próprio mercado de trabalho.
“Dos nossos seis programas – Biologia Comparada, Entomologia, Física Aplicada à Medicina e Biologia, Psicobiologia, Psicologia e Química – um tem a nota máxima (sete) e cinco têm nota cinco da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]”, comemora o diretor da FFCLRP, professor Sebastião de Sousa Almeida.

Para Almeida, uma das razões dos bons indicadores é a crescente internacionalização da unidade, que assim segue uma política da própria USP. “Grande parte da produção da pós da FFCLRP é publicada em revistas internacionais, resultado também da interação com universidades e grupos de pesquisa do exterior. Temos desde alunos estrangeiros cursando a pós-graduação aqui, até brasileiros pós-graduados na unidade que vão atuar como docentes no exterior”, conta.

A professora Eucia Beatriz Lopes Petean, presidente da Comissão de Pós-Graduação da FFCLRP, ressalta que convênios com algumas universidades estrangeiras, como a de Lyon, na França, propiciam a chance de o aluno obter o título de doutor pelas duas universidades, por meio da co-tutela, com a realização de estágio no exterior e orientação por professores dos dois países.

A procura pelos cursos de pós da FFCLRP é alta, ocasionando um processo seletivo concorrido, com candidatos de diversas partes do país. Mas o esforço se mostra compensador: os egressos frequentemente tem seus trabalhos premiados, aparecem bem colocados em concursos para docência, ou são contratados como pesquisadores por empresas privadas. O reconhecimento vem também em financiamento às pesquisas por parte inclusive de órgãos internacionais, como é o caso das áreas de nanotecnologia e fármacos para doença de pele.

Além da mencionada internacionalização, colaboram na manutenção do alto nível dos cursos uma infrainstrutura com laboratórios modernos e salas informatizadas. Segundo o professor Almeida, isto permite que as teses e dissertações sejam concluídas no prazo, e que os resultados das pesquisas sejam publicados mais rapidamente, refletindo-se na concessão de mais bolsas institucionais, e na maior competitividade dos alunos na obtenção de bolsas individuais. “De acordo com o Anuário Estatístico da USP, que conta todo o tipo de produção dos docentes, estamos entre as dez unidades mais produtivas da Universidade, que tem 40”, comemora o diretor.

Os bons resultados, porém, não acomodam os planos de crescimento, como afirma Almeida: “nossa perspectiva é oferecer cada vez mais condições para que os programas melhorem seus conceitos.”

A professora Beatriz lembra ainda a criação da pós-graduação em Educação, voltada para a formação de profissionais graduados nas diferentes áreas do conhecimento que queiram ampliar seus estudos no campo da educação escolar e não escolar. A proposta já foi aprovada em diversas instâncias na universidade, aguardando apenas a aprovação do Conselho da Pró-Reitoria de Pós-Graduação para ser encaminhada à Capes. “Esperamos que o programa, se oficializado, esteja em vigor já no segundo semestre deste ano”, projeta.

Interação
Uma pós-graduação sólida não esgota seus benefícios em si mesma. Além das pesquisas de ponta produzidas e dos bons profissionais formados, os programas da FFCLRP permitem o contato dos alunos de graduação com os trabalhos desenvolvidos na pós, seja por meio da interação nos laboratórios; seja pelo auxílio que os pós-graduandos prestam na orientação de pesquisas de iniciação científica; ou ainda por meio do Programa de Aperfeiçoamento do Ensino (PAE), em que alunos de doutorado e mestrado colaboram com os docentes nas aulas da graduação. “Sempre foi característica da unidade o grande volume de pesquisas de iniciação científica, e esse contato com a pós-graduação proporciona uma rica troca, ajudando a manter os alunos atualizados”, conta o professor Almeida.

Outra característica da FFLCRP destacada pelos dois professores é a diversidade, já exposta no próprio nome da unidade, e que se estende para a pós-graduação. Para Almeida, apesar dos desafios que isso gera na parte administrativa, a multiplicidade de áreas que a Faculdade abriga é enriquecedora.

“É frequente que os docentes orientem trabalhos em mais de um programa ou departamento, privilegiando assim os aspectos interdisciplinares das pesquisas”, afirma Almeida. “Ou mesmo que docentes de diferentes programas ofereçam disciplinas da pós em conjunto,” complementa Beatriz.

Palestra
Em comemoração aos 30 anos da pós da FFCLRP, no dia 22, às 15 horas, o professor Vahan Agopyan, pró-reitor de Pós-Graduação da USP, ministra uma palestra sobre o tema. O evento acontece no Salão Nobre Professor Lucien Lison, que fica no Centro Didático da FFCLRP (Rua André Ricciardi Cruz, s/nº Bloco 16, Ribeirão Preto).

Assessoria de Imprensa da USP