Vão ainda submeter a plenário moções específicas solicitando a recuperação de fortalezas em ruínas, como a de Araçatuba, próxima à Ilha de Naufragados, em Florianópolis, e outras duas, em Salvador, segundo Joi Cletison, coordenador do Projeto Fortalezas da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, promotora do evento.
Entre as ações recomendadas está a realização de atividades artísticas voltadas para a educação de crianças e da população em geral sobre a importância do patrimônio. Outra solução é a possibilidade de aluguel das fortalezas para eventos sociais, a exemplo do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, que com esse tipo de solução triplicou sua visitação para um milhão de pessoas no último ano e conseguiu recursos para restauração e manutenção.
Em Florianópolis, uma portaria já assinada pelo reitor Alvaro Prata e em tramitação no Conselho Universitário regulamenta a abertura do uso das três fortificações administradas pela UFSC (Ratones, São José da Ponta Grossa e Santa Cruz de Anhatomirim).
Nesta quinta foi apresentado pela UFSC o Projeto Fortalezas Multimídia como uma importante contribuição para esse movimento internacional pela valorização das fortalezas, iniciado há seis anos em Montevidéu, no Uruguai. Trata-se de um site permanente com todo o conteúdo desses eventos e um Banco de Dados com o qual pretende informatizar a história e os dados de todas as fortificações do mundo (www.fortalezas.org).
Criado pelo arquiteto Roberto Tonera e acessível pela internet em três idiomas, o banco já tem cadastradas mais de 850 fortificações de vários países, entre eles Uruguai, Brasil, Chile e Colômbia. Foi desenvolvido para funcionar em forma de rede colaborativa, numa espécie de comunidade virtual de investigadores e instituições interessadas na história e na preservação das fortificações.
Durante os seminários, os participantes e público em geral podem fazer consultas monitoradas ao Banco de Dados e também ao CD-ROM Fortalezas Multimídia, além de visitar estandes e exposição de maquetes das fortalezas da UFSC. O público que não está inscrito nos eventos pode navegar pelo CD ou apreciar a mostra fotográfica com 46 imagens das fortalezas participantes.
Ainda nesta quinta, serão exibidos dois vídeos sobre fortificações. O primeiro, às 16h45min, é “As fortificações da Ilha de Santha Catarina”, documentário de 22 minutos, dirigido e produzido por Tatiana Kviatkoski. Aborda a história da construção e o processo de restauração dos fortes pela UFSC, além de enfocar a entrega do monumento recuperada para a população em torno como espaço cultural e comunitário. O outro, intitulado “Uma Bahia a defender”, será apresentado por Alejandro Ferrari, do Forte Maldonado, no Uruguai.
As apresentações e debates ocorrem no auditório da Reitoria da UFSC. O evento encerra na sexta-feira, 2, com uma visita guiada dos participantes e veículos de mídia às Fortalezas de Anhatomirim e Ratones, na Ilha de Santa Catarina, com saída marcada para às 9 horas, do Forte Santana e retorno às 18 horas.
Agência de Comunicação da UFSC