Voltada a cirurgiões torácicos de todo o País, o curso antecipa o XVI Congresso Brasileiro de Cirurgia Torácica, que acontece de quinta (30) a sábado (02), em Curitiba, e será presidido pelo chefe do Serviço de Cirurgia Torácica do HUC e Santa Casa de Curitiba, Marlos de Souza Coelho.
O curso abordará as cirurgias do Pectus Carinatum e Pectus Excavatum, que são as deformidades mais comuns na parede torácica. O HUC e a Santa Casa de Curitiba são referência na correção de deformidades torácicas, ultrapassando a marca de 300 cirurgias realizadas. Durante o Congresso Brasileiro de Cirurgia Torácica, inclusive, a PUCPR, juntamente com os hospitais, será responsável pela apresentação do maior número de trabalhos. Serão nove entre os 182 trabalhos selecionados para o Congresso. Entre os temas estão a hiper-hidrose palmar e axilar, a broncoscopia flexível, alem das cirurgias de Esternocondroplastia e Nuss.
Estima-se que um em cada mil adolescentes possui alguma deformidade na parede torácica. O Pectus Excavatum, conhecido popularmente como "peito de sapateiro", caracteriza-se por uma deformidade em depressão do osso esterno e cartilagens costais inferiores. Já o Pectus Carinatum, ou "peito de pombo”, ocorre quando há a proeminência do esterno.
Em alguns casos, a deformidade é acompanhada de sintomas pulmonares ou cardiológicos. Porém, o maior sintoma, que atinge 90% das pessoas que apresentam o Pectus Excavatum ou Carinatum, é de ordem psicológica. "As crianças que desenvolvem esse tipo de deformidade têm problemas relacionados à má auto-imagem e auto-estima, tornam-se arredias e introvertidas, e se afastam dos esportes, da piscina e da praia, por não gostarem de mostrar o tórax", explica Coelho.
O HUC e a Santa Casa de Curitiba são referência na correção de deformidades torácicas, tanto com a técnica da Esternocondroplastia, que consiste em uma plástica na parede torácica, quanto com a Cirurgia de Nuss, na qual é colocada uma barra atrás do esterno, por videotoracoscopia, corrigindo a deformidade. Coelho explica que são poucos os hospitais que realizam essas cirurgias e há desconhecimento por parte de pediatras ortopedistas, cirurgiões torácicos, pediátricos e plásticos, o que dificulta o diagnóstico da doença e o seu tratamento.
Assessoria de Comunicação da APC