Foi uma iniciativa para estabeler um intercâmbio de conhecimentos na área da ciência biônica, que estuda estruturas biológicas da natureza com a finalidade de aplicar processos análogos em novas técnicas e a produtos. No CCE, estavam presentes o diretor do Departamento de Articulação Institucional (Deart / Sinter) da UFSC, Louis Roberto Westphal, e professores e pesquisadores do Centro de Ciência e Tecnologia (CTC) e do Centro de Ciências Biológicas (CCB).
“É necessário reunir, fortalecer as competências dos países. Temos a intenção de aumentar o número de pesquisas e esse é apenas um primeiro contato para ver o que se está pensando, conhecer as possibilidades de cooperação que pode haver”, explicou Westphal. Na transmissão, moderada por Bertram Heinze, do Centro Alemão de Inovação e Ciência (DIWH), em São Paulo, palestrantes discutiram exemplos de aplicade aplicação da biônica em produtos e a possibilidade de intercâmbio de ideia entre os países.
No início da conferência, o professor Bernd Hill, do Instituto de Técnica e sua Didática (WWU), falou sobre a natureza como fonte de inovação. Ressaltando a “extraordinária diversidade” nos trópicos, especialmente no Brasil, Hill assegurou que soluções ainda não encontradas por construtores, engenheiros e designer já existem na natureza e que ainda há muito a estudar e desenvolver. Ele citou ainda alguns exemplos, como as sondas acústicas de radares inspiradas em mecanismos naturais do morcego, o velcro desenvolvido a exemplo de sementes que grudam em roupas e as atuais câmeras digitais ultrafinas criadas a partir de estudos dos olhos dos insetos. São exemplos de “modelos da natureza” que aplicados à ciência acabaram desenvolvendo mecanismos eficientes ao homem.
A professora Lifeng Chi, do Centro de Nanotecnologia (WWU) mostrou gráficos e imagens microscópicas de superfícies antireflexivas de seres biológicos e explicou a possibilidade de aplicação do mesmo mecanismo em células solares. Em seguida, Jean-Luc Gesztesi, cientista da Empresa Natura, avaliou o estudo feito com o extrato de Passiflora alata, encontrado na flora brasileira, e mostrou resultados da aplicação do cosmético e os efeitos curativos e preventivos do produto na pele, desenvolvido pela biônica.
Por último, Rainer Erb, do Grupo de Pesquisa da BIOKON e BIOKON Internacional, apontou a importância das transferências de conhecimento e citou alguns exemplos em que a biônica atua e as áreas em que há mais colaboração e interesse, propondo mais cooperação e intercâmbio de ideias e ressaltando que a tecnologia que pode ser desenvolvida é útil a toda a sociedade, e não apenas ao meio acadêmico.
Agência de Comunicação da UFSC