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Ano Internacional da AstronomiaEstamos sós no Universo?”. O professor Augusto Damineli Neto, do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (IAG-USP), recupera a pergunta e oferece “respostas” com foco na ciência do céu, a astronomia. A palestra faz parte do ciclo que a UFSC organiza desde março em comemoração ao Ano Internacional da Astronomia.
O encontro é gratuito, não há necessidade de inscrição prévia e será realizado na próxima segunda-feira, 14 de setembro, a partir de 19h, no auditório da Reitoria. Ao final da palestra o público será convidado a contemplar o céu no Observatório Astronômico da UFSC. 

“A pergunta vem ecoando no vazio através dos tempos, mas nada até agora! E isso não é porque necessariamente não exista vida fora da Terra.”, adianta o professor. Segundo ele, a questão em geral fica sem resposta porque pressupõe seres “inteligentes”, que eles tenham tecnologia de transmissão de sinais e também queiram dar sinal de sua existência. 

“Não há nenhuma teoria científica que possa nos guiar nesse terreno escorregadio”, alerta o pesquisador que tem também se envolvido com a popularização do conhecimento científico, sendo indicado como coordenador no Brasil do Ano Internacional da Astronomia. O AIA foi instituído pela Unesco, por sugestão da União Astronômica Internacional, para marcar 400 anos desde as primeiras observações telescópicas de Galileu Galilei. 

De acordo com Damineli, na astronomia é fundamental seguir o movimento que iniciou com a revolução provocada por Copérnico e que tirou a humanidade do centro da vida. “Há muito mais espécies e indivíduos microscópicos do que macroscópicos”, lembra o professor. 

“O paradoxo é que os ETs da ciência moderna são invisíveis e isso os torna mais fáceis de encontrar!”, complementa o pesquisador, que vai abordar em sua palestra os sinais procurados pela astronomia em outros planetas. Sua fala vai contemplar o papel de elementos químicos como ozônio e metano no processo de formação da vida e a presença da água em outros planetas. 

De acordo com Augusto Damineli, quatro elementos químicos (carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio) estão entre os cinco mais abundantes do Universo e formam mais de 99% da matéria viva. 

“Para formar as moléculas essenciais da vida é só adicionar um pouco de energia, que é abundante nas zonas de habitabilidade, ou água líquida, que existe em torno das centenas de bilhões de estrelas que compõem uma centena de bilhões de galáxias”, explica. 

“As condições necessárias para a vida são amplamente disseminadas no Universo. Isso leva a um cenário de que ele é biófilo”, antecipa o professor, e complementa: “Um outro ponto ainda: muitos eventos catastróficos castigaram o planeta, como quedas de meteoros, vulcanismo, glaciações e a vida nunca foi totalmente interrompida. Pelo contrário, após cada catástrofe, ela apresentava uma diversificação maior. Esse cenário mais amplo indica que a vida não é essa coisinha frágil que muitos pensam. É uma praga agressiva e resistente”. 

A organização do ciclo ´Grandes temas da Astronomia moderna` é do Grupo de Astrofísica, com parceria da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão, Planetário da UFSC e Grupo de Estudos em Astronomia (todos envolvidos na divulgação do Ano Internacional da Astronomia). A coordenação é do professor Antônio Kanaan, do Departamento de Física. 
 
Agência de Comunicação da UFSC