Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn
UPFUniversidade de Passo Fundo - Uma maré de otimismo envolve a comunidade científica e também a  sociedade quando o assunto são as células-tronco. Esperança de cura para doenças até então tidas como irreversíveis, elas se tornaram um fenômeno científico, potencializado pela liberação do Superior Tribunal Federal, em maio deste ano, dos experimentos envolvendo células-tronco embrionárias.

 

 


Entretanto, mesmo com incentivos federais para estudos e qualidade de trabalhos científicos, as pesquisas na área ainda são bastante experimentais. Quem explica é a bióloga e geneticista Nance Nardi, do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), convidada a palestrar aos acadêmicos do curso de Ciências Biológicas na abertura do II Simpósio de Atualização e XIII Semana Acadêmica da Biologia da Universidade de Passo Fundo (UPF).

Estudiosa da biologia básica da célula-tronco, Nance destacou os avanços já obtidos a partir de células-tronco adultas, com resultados otimistas relacionados às doenças do sangue, como leucemia e anemia. “Para todas as demais ainda se está experimentando e avaliando o potencial”, afirmou. Contudo, de acordo com ela, os desafios ainda são grandes, principalmente com relação às doenças neurodegenerativas, das quais mais se espera resultados alentadores. “Fazer tecidos ósseos para curar lesões ósseas é algo relativamente simples. Mas fazer neurônios diferentes que se combinem entre si, da maneira adequada, para reparar uma lesão neurológica, é outra situação. Eu diria que é o campo que está andando mais lentamente hoje, mas o Brasil trabalha nele também”, confirmou a pesquisadora.

Além de destacar a liberdade concedida aos pesquisadores a partir da decisão do STF, Nance ainda enfatizou a importância do controle adequado nos estudos clínicos, referindo-se ao chamado efeito placebo – quando fatores psicológicos interferem de maneira positiva no tratamento do paciente. “Muitos dos estudos não têm o controle necessário nos estudos clínicos. Então tratam o paciente e consideram que o resultado seja devido às células-tronco, quando em muitos casos é devido ao efeito placebo”, pontuou.

Atualização constante
Coordenadora do evento juntamente com os acadêmicos, a professora Noeli Zanella salientou na abertura da semana acadêmica a importância da atualização. “Nosso principal objetivo é a atualização e para isso buscamos congregar diferentes assuntos para envolver a comunidade acadêmicas às questões das ciências biológicas”, disse. Já o diretor do Instituto de Ciências Biológicas, professor Adil Pacheco, lembrou a tradição na realização do evento e o diferencial que confere à formação dos estudantes. “Este é um momento de troca profissional bastante importante, que deve servir para que vocês se destaquem no mercado de trabalho” referiu.

Também estiveram presentes à solenidade de abertura as coordenadoras dos cursos de Ciências Biológicas – licenciatura plena e bacharelado, Vera Hass e Gládis Thomé, respectivamente, além do presidente do Diretório Acadêmico da Biologia, Almir de Paula. A programação segue até sexta-feira, com palestras e mini-cursos. Informações podem ser obtidas pelo telefone (54) 3316-8310.

Assessoria de Imprensa UPF