O professor Antonio Teixeira, coordenador do Laboratório Multidisciplinar de Doenças de Chagas da Universidade de Brasília, afirma que as consequências da troca genética entre parasita e hospedeiro são desconhecidas. “Percebemos que há mais incidência de Chagas na primeira geração após o contágio, ou seja, nos filhos de quem pegou a doença. Não sabemos ainda, porém, se é possível contrair Chagas apenas por herança genética, sem contato com protozoário”, explica.
O professor Antonio Teixeira será um dos palestrantes do seminário e resumirá 25 anos de pesquisa de alunos de mestrado e doutorado da UnB. “Essa descoberta é resultado de uma construção coletiva”, enfatiza. O evento também contará com a presença de pesquisadores da Universidade da Califórnia (Estados Unidos) e da Universidade da Bohemia (República Checa), além de professores convidados da USP e das universidades federais do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.
A coordenadora de Desenvolvimento Institucional e Inovação do Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação, Célia Ghedini, pretende realizar várias palestras sobre assuntos inovadores ao longo do ano. “Estamos trabalhando no evento de amanhã, que tem como foco a saúde pública, desde o início do mês. Em maio, o seminário tratará sobre Biotecnologia e, em junho, o encontro Planejamento Estratégico Institucional”, informa. O calendário dos seminários programados para o segundo semestre ainda está sendo definido.
DOENÇA DE CHAGAS - Descoberta pelo cientista brasileiro Carlos Chagas, a patologia que leva seu nome é provocada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que entra no organismo humano por meio da picada de mosquitos conhecidos como barbeiros. A doença possui duas fases: a aguda e a crônica. Na primeira, o paciente considerado grave pode desenvolver inflamação do coração. Na segunda fase, os batimentos cardíacos ficam descompassados e podem causar a morte.
UnB Agência