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Com o objetivo de apresentar à comunidade científica internacional sua experiência bem-sucedida como modelo para a publicação eletrônica cooperativa de periódicos científicos na internet, o Scientific Electronic Library On Line (SciELO) lançou, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a publicação SciELO – 15 Anos de Acesso Aberto: um estudo analítico sobre acesso aberto e comunicação científica.
A obra, publicada em português, inglês e espanhol, relata a origem do SciELO, mantido pela FAPESP, tratando do contexto em que a biblioteca eletrônica foi idealizada e desenvolvida, suas contribuições para a comunicação científica, os meios utilizados para garantir a visibilidade e a acessibilidade universal da literatura científica que comunica, os resultados alcançados e seu sistema de controle de qualidade e produção, entre outros assuntos.

De acordo com Abel Packer, diretor do programa SciELO, a publicação retrata o pioneirismo da biblioteca.

“O SciELO integra as funções de indexação, avaliação de desempenho, publicação on-line em acesso aberto e disseminação segundo padrões internacionais. O espírito pioneiro e o objetivo do SciELO são o de melhorar a qualidade, visibilidade, uso e impacto de periódicos que estão disponíveis abertamente”, disse.

A rede SciELO iniciou 2015 com mais de 500 mil artigos indexados e publicados on-line, todos em acesso aberto. “Esse recorde é resultado da publicação regular das 13 coleções de periódicos certificadas da rede, que em março de 2015 cumpre 17 anos de operação desde o seu lançamento”, disse Packer.

A publicação documenta a evolução da biblioteca ao longo dos seus primeiros 15 anos, até 2013. O SciELO abrange uma rede de coleções nacionais de periódicos que se estende por 16 países, a maioria da América Latina e do Caribe, além de Portugal, África do Sul e Espanha. Desde sua criação, mais de 1.200 títulos foram indexados pela rede SciELO; destes, cerca de 1.000 continuam ativos.

Unesco

A Unesco foi uma das instituições patrocinadoras da Conferência SciELO 15 Anos, realizada em 2013, e, de acordo com Packer, financiou a elaboração do livro com o objetivo de compartilhar a experiência da biblioteca em política de pesquisa e comunicação científica, metodologias e tecnologias.

“Entre os organismos das Nações Unidas, a Unesco lidera a promoção e a adoção do acesso aberto ao conhecimento científico entendido como um bem público e tem o SciELO como uma das referências de programas e experiências bem-sucedidas”, afirmou.

Para Indrajit Banerjee, diretor da Divisão de Sociedades do Conhecimento, Comunicação e Informação da Unesco, os números registrados pelo SciELO evidenciam sua importância para a ciência mundial.

“O SciELO foi lançado quatro anos antes da Declaração de Budapeste e seis anos antes da Declaração de Berlim sobre o acesso aberto e foi pioneiro neste conceito, trazendo a pesquisa para o fácil acesso das pessoas comuns. Passando de dez periódicos em uma reunião pública em São Paulo, em seu início, para o nível atual de mil periódicos e 500 mil artigos disponíveis gratuitamente, trata-se de um feito notável e um exemplo de abordagem de acesso aberto por excelência”, disse Banerjee.

A publicação do livro ocorre em meio aos esforços da Unesco de promoção do acesso aberto à informação e à pesquisa científica. O conselho de administração e a conferência geral da organização aprovaram estratégias para o incentivo a ações que forneçam exemplos de acesso aberto replicáveis para todos os países.

O livro apresenta, entre outros aspectos do SciELO, o caráter multilíngue da biblioteca. Nos 17 anos da rede, predominam artigos em português (41%), devido ao tamanho da coleção histórica do Brasil, seguidos dos artigos em espanhol (39%) e inglês (31%). Mas, considerando a produção anual recente, e tomando o ano de 2013 como base, predominam artigos em espanhol (42%), seguidos de publicações em inglês (39%) e em português (31%).

O livro SciELO – 15 Anos de Acesso Aberto: um estudo analítico sobre acesso aberto e comunicação científica está dividido em 10 capítulos, escritos por 11 autores brasileiros e quatro estrangeiros, e foi organizado por cinco editores: Abel Packer, Nicholas Cop, Adriana Luccisano, Amanda Ramalho e Ernesto Spinak.

A obra está disponível para download em http://scielo.org/php/level.php?lang=pt&component=56&item=61.

Agência FAPESP