Universidade Estadual da Paraíba - Desde 2006 realizando pesquisas bibliográficas e de campo acerca de paleontologia, e produzindo livros didáticos capazes de atingir alunos do Ensino Fundamental à Universidade, o professor Juvandi de Souza Santos, da Universidade Estadual da Paraíba, acaba de lançar seu novo livro, intitulado “Ensaios de Paleontologia Geral e da Paraíba”.
A obra, que já está à venda nas livrarias do Estado, funciona como um manual para os iniciantes nas atividades paleontológicas e reúne o resultado das pesquisas e análises de jazidas fossilíferas no interior da Paraíba.
“A Paleontologia é uma ciência interdisciplinar e fascinante. Primeiro porque necessita de conhecimentos científicos de outras ciências e, em segundo lugar, porque as atividades de campo são pura aventura”, comenta o professor.
Segundo ele, a idéia de escrever o livro surgiu da preocupação em levar aos alunos conhecimentos básicos sobre a ciência da Paleontologia. Além disso, ele procura desmistificar o fato de que Paleontologia não é Arqueologia, mesmo que algumas atividades de campo sejam semelhantes.
“Esta é uma ciência dos seres antigos, que estuda os dinossauros e fósseis da mega fauna Pleistocênica, especialmente os grandes animais e plantas que viveram em nosso planeta, inclusive na Paraíba, entre dois milhões de anos e oito ou sete mil anos atrás”, afirma.
Outro ponto que chama atenção no livro de Juvandi Santos é a capacidade de apresentar ao leitor em detalhes, através de ilustrações do também professor e historiador Vanderley de Brito, animais históricos como a preguiça gigante, tigre-de-dentes-de-sabre, mastodontes, tatu-gigante, entre outros, o que os faz ter uma noção de como eram esses seres anos atrás.
No entanto, a obra não se limita em tentar comprovar que esses animais realmente existiram, de fato, na Paraíba. Sua tese vai além e discute a existência de três lagoas Pleistocênicas nas proximidades de Campina Grande, as quais guardam, em seu sub-solo, fósseis desses extintos animais.
Em sua análise, Juvandi Santos demonstra sua preocupação em relação ao futuro dessas lagoas, que vêm sendo destruídas continuamente através da ação humana. “Mesmo não sendo paleontólogo, procuro informar, em linhas gerais, a todos sobre a importância da preservação dos jazigos fossilíferos do Estado, bem como fornecer informações precisas sobre procedimentos de campo e noções básicas de Paleontologia”.
