Ciência e Tecnologia

cerebroA dor da rejeição não é apenas uma figura de expressão ou de linguagem, mas algo tão real como a dor física. Segundo uma nova pesquisa, experiências intensas de rejeição social ativam as mesmas áreas no cérebro que atuam na resposta a experiências sensoriais dolorosas. “Os resultados dão novo sentido à ideia de que a rejeição social ‘machuca’”, disse Ethan Kross, da Universidade de Michigan, que coordenou a pesquisa. Os resultados do estudo serão publicados esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Um grupo de pesquisadores brasileiros confirmou a eficiência de uma nova ferramenta biotecnológica para recuperar o desenvolvimento de óvulos de mulheres inférteis. O estudo, feito em modelos bovinos, foi capa edição de fevereiro da revista Reproductive Biomedicine. O trabalho foi coordenado por Flávio Meirelles, professor da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP), em Pirassununga, e teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.

fogliaDa teoria para a prática. A busca pela fotossíntese artificial acaba de dar mais um importante passo. A novidade foi apresentada neste domingo (27/3) em Anaheim, nos Estados Unidos, por um grupo de cientistas que desenvolveu uma folha artificial capaz de produzir energia. Na 241ª reunião nacional da American Chemical Society, o grupo liderado por Daniel Nocera, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), descreveu uma célula solar do tamanho de um baralho de cartas capaz de imitar a fotossíntese, processo por meio do qual as plantas convertem luz e água em energia.

Lentes de cristal líquido e recarregadorUma boa notícia para quem usa óculos multifocais, aqueles com lentes de graduação progressiva para enxergar perto e longe, indicados principalmente para pessoas com mais de 40 anos que sofrem de presbiopia, a famosa vista cansada. A empresa norte-americana Pixel Optics inventou um modelo de óculos eletrônicos feitos com lentes de cristal líquido, mesmo material usado em telas de computadores e câmeras fotográficas, que, na aparência, se assemelham aos óculos convencionais, mas sem a graduação multifocal.

Tiarajudens eccentricusO Tiarajudens eccentricus foi um dos primeiros animais a ter uma boca na qual os dentes de cima se encaixam com os debaixo, possibilitando mastigar vegetais duros. A espécie, que acaba de ser descrita, viveu há cerca de 260 milhões de anos no atual Brasil. O extinto animal, do tamanho de um cão atual de grande porte, também tinha dentes-de-sabre, com cerca de 12 centímetros de comprimeiro nos adultos.

O Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo e a Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental realizarão no dia 30 de março, em São Paulo, o workshop Chuvas de verão: Importância da Geologia na prevenção de desastres naturais. O evento debaterá a importância do conhecimento geológico na redução dos desastres naturais relacionados a escorregamentos e inundações, fenômenos naturais que fazem parte do cotidiano da população brasileira e que são passíveis de serem previstos.

The skull of Tiarajudens eccentricusUm animal do tamanho de uma capivara e com presas de 12 centímetros pastava onde agora são os Pampas gaúchos, há cerca de 260 milhões de anos. É o que conta o fóssil encontrado há dois anos, em março de 2009, pelo paleontólogo Juan Carlos Cisneros, à época pós-doutorando na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A imagem do estranho animal, reconstituído em desenhos feitos pelo próprio autor, é marcante por si só. Mas do ponto de vista científico, o animal, merecidamente batizado como Tiarajudens eccentricus, surpreende a ponto de ser apresentado ao mundo pela prestigiosa revista Science, na edição desta semana (25 de março).

fapesp-24mar11-2Transformar a luz de cor vermelha em luz azul, de mais alta energia, é comum na física por meio do uso de técnicas ópticas. Porém, não havia um método químico para promover essa conversão. Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e do Centro de Ciências Naturais e Humanas da Universidade Federal do ABC (UFABC), em parceria com cientistas do Instituto de Química Orgânica e Macromolecular da Universidade de Jena, na Alemanha, reuniram as peças do quebra-cabeça e desenvolveram um método que usa energia química para converter a irradiação de luz vermelha em emissão de luz azul.

Sequenciado genomas de 38 tumores da doença incurável que afeta células do sangueCientistas acabam de revelar o retrato mais abrangente da genética do mieloma múltiplo, uma forma de câncer que afeta os plasmócitos, células componentes do sangue. A novidade foi publicada na edição desta quinta-feira (24/3) da revista Nature. A pesquisa envolveu o sequenciamento e análise dos genomas de 38 amostras de câncer e poderá ajudar no desenvolvimento de possíveis terapias para a doença incurável, segundo os autores. A taxa de sobrevivência do mieloma múltiplo após cinco anos é de menos de 40%.

raiosPesquisadores do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estão começando a observar as descargas atmosféricas (raios) sob diferentes ângulos. Em janeiro, eles capturaram em São José dos Campos (SP), na região do Vale do Paraíba, as primeiras imagens coloridas de raios já registradas no mundo com câmeras com altas resolução e velocidade. As câmeras foram adquiridas com apoio da FAPESP por meio do Projeto Temático "Detecção de sinais de variabilidade relacionados a mudanças climáticas na incidência de descargas atmosféricas no Brasil".

antes e depoisImagens obtidas por meio de satélites têm sido importantes para fornecer um retrato exato da extensão da destruição causada pelo terremoto seguido por tsunami que atingiu o Japão em 11 de março. O International Charter Space and Major Disasters, que distribui dados orbitais para auxiliar países afetados por desastres naturais, foi acionado pelo governo japonês no mesmo dia em que o desastre ocorreu. Como resultado, imagens feitas por diversos satélites estão sendo utilizadas para mapear as áreas afetadas.