O projeto, apresentado nesta quarta-feira, 9 de setembro, também prevê, o acesso a esses documentos pela internet.
A ideia de usar a gestão documental para organizar os arquivos sismológicos foi desenvolvida pela arquivista Laiane Borges, formada pela UnB neste ano. No cronograma, as mídias digitais devem ser recuperadas em até um ano e os demais nos dois anos seguintes. “Tudo deve funcionar como uma biblioteca. O pesquisador poderá procurar no sistema informatizado e depois localizar o arquivo físico na sala” explica Laiane. O projeto ainda precisa ser aprovado pela administração da universidade.
“Vamos identificar todas as atividades sísmicas desses anos, fazendo com que a informação seja preservada para ensino, extensão e pesquisa”, reforça Tânia Moura, arquivista do Cedoc. O Observatório Sismológico é uma referência nacional e, com um banco de dados, terá mais visibilidade em todo o país.
O chefe do Observatório, George Sand, explica que os dados não estão armazenados de forma adequada. Os documentos ficam em uma sala sem climatização e iluminação favorável. O novo projeto pretende garantir uma sala apropriada para os arquivos. “Nossa proposta é dar qualidade e acesso às informações que temos aqui. Recuperar documento dos anos 60, mesmo na forma de papel, em uma sala organizada e exclusiva, será muito importante”, afirma.
O Observatório Sismológico da UnB é uma das três unidades que possuem estações sismográficas para coleta de dados no Brasil. As outras duas são o Instituto Astronômico e Geofísico da USP e o Departamento de Física da UFRN. O trabalho conjunto das três instituições aparece no Boletim Sísmico Brasileiro, editado regularmente pela Revista Brasileira de Geofísica, e representa o banco oficial de dados sísmicos do país.
UnB Agência