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NanotecnologiaJá presentes nos cosméticos, pinturas ou pneus, as nanopartículas, pouco a pouco, saem dos laboratórios de pesquisa. Tornando-se vetores de medicamentos ou princípios ativos de catalisadores, suas propriedades físico-químicas prometem a elas um futuro industrial radiante. Com uma condição: que o NanoEldorado não se transforme em um problema de saúde pública e ambiental de um novo gênero.
Por exemplo, as nanopartículas poderiam ser encontradas na água. Para fazer face a esse risco, Pascal Guiraud, do "Laboratório de Engenharia de Sistemas Biológicos e Procedimentos" (LISBP), em Toulouse (França) e sua equipe acabam de propor um método capaz de eliminar as nanopartículas da água e dos líquidos, em colaboração com o Laboratório de Física e Química dos Nano-objetos (LPCNO), também de Toulouse. Um procedimento ainda em fase de desenvolvimento, mas já laureado com o prêmio de técnicas inovadoras para o ambiente, no Salão Nacional Pollutec, realizado em Lyon no final de 2008.

"A questão da nocividade dos produtos criados pelo homem se coloca raramente a priori", explica Pascal Guiraud. "E, geralmente, é após ter constatado sua presença no ambiente que se coloca a questão da despoluição. Mas, atualmente, a produção de nanopartículas tem aumentado muitíssimo. Esses novos objetos se encontram, por conseguinte, inevitavelmente nos resíduos industriais e domésticos, e mesmo nos recursos de água. Nosso programa visa a antecipar esse problema".

Para tanto, os cientistas fundaram seu trabalho em dois procedimentos clássicos, oriundos do tratamento de águas. Com o primeiro, as nanopartículas seriam capturadas por bolhas de ar que as arrastariam para a superfície. Esse procedimento poderia ser acoplado a um segundo, que consiste em fazer "coagular" as partículas presentes na água pelo acréscimo de agentes químicos: as partículas maiores assim formadas sedimentariam sendo evacuadas sob forma de lodo. "No caso de nanopartículas, a segunda opção utilizada necessita de quantidade bastante grande de produtos químicos e, portanto, não é muito interessante", detalha o pesquisador. "É por isso que nos encaminhamos para o desenvolvimento de um procedimento seja acoplado, seja exclusivamente à base de bolhas de ar".
 
Le Journal du CNRS (www2.cnrs.fr/presse/journal/), edição de abril de 2009 (Tradução - MIA). 

Comunicação Social Unicamp