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DNAO exame de DNA pode ser o único e essencial instrumento para o esclarecimento de um inquérito policial, pois qualquer material deixado no local da investigação, de onde os peritos consigam extrair DNA, pode ser a principal prova contra o autor do delito.
O grau de deterioração, a forma de conservação e o tempo decorrido podem influenciar o resultado ou impedir a identificação. Através da literatura científica constatou-se que a determinação do tempo de exposição e o grau da temperatura de degradação do DNA ainda são bastante controversos. 

Uma dissertação de mestrado, realizada pela cirurgiã-dentista Patrícia Bitencourt da Rocha e desenvolvida na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp, analisou a degradação do DNA no tecido ósseo após ser submetido a várias temperaturas. O trabalho constatou que é possível extrair DNA do tecido ósseo em cadáveres que foram expostos a um grau de calor de no máximo 300 graus Celsius. “A partir de 400 graus há uma degradação de praticamente 90% do material analisado”, revela a autora da pesquisa. O estudo teve orientação do professor Eduardo Daruge Junior, da área de Odontologia Legal. 

Patrícia destaca que é importante lembrar que deve ser considerada a temperatura que foi exposta diretamente o material e não a do ambiente. Como exemplo, ela cita o acidente da TAM, ocorrido em 17 de julho de 2007. “É certo que a temperatura no local do acidente, em decorrência do incêndio, chegou aos dois mil graus Celsius, ponto de fusão do material titânio, que foi encontrado fundido entre os escombros. Somente foi possível fazer a extração de DNA porque, embora o ambiente estivesse a uma temperatura elevada, o osso não foi submetido a um grau de calor superior a 400 graus”, estima. Ela afirma que a obesidade e as vestes contribuem para apressar e tornar mais completa a destruição de um corpo pelo fogo. Entretanto, quando artigos são utilizados de forma mais justa ao corpo, como cintos, meias e sapatos, preservam a pele subjacente devido à exclusão do ar, conseqüentemente, protegendo a região mais interna do corpo, o osso. Os músculos também oferecem uma excelente barreira protetora ao osso, disse. 

Comunicação Social Unicamp