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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Há no Brasil uma enorme carência de dados sobre a ocorrência de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) na maioria dos grupos populacionais, especialmente em gestantes adolescentes. As infecções, como gonorréia e clamidioses, estão associadas ao risco elevado de aborto espontâneo, parto prematuro, ruptura prematura de membranas, retardo de crescimento intra-uterino e mortalidade do feto.
A prevenção de conseqüências graves para a gestante e o feto exige diagnóstico precoce e mais sofisticado. O arsenal terapêutico atual ainda é muito limitado para o tratamento destas infecções.

Um estudo inédito no Brasil poderá contribuir significativamente para o conhecimento do problema e a definição de formas para o controle, prevenção e tratamento das infecções. O Projeto “Prevalência de infecções bacterianas sexualmente transmissíveis em adolescentes grávidas atendidas em instituições públicas da cidade do Rio de Janeiro” é coordenado pelo pesquisador Sergio Eduardo Longo Fracalanzza, do Instituto de Microbiologia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Material em análise
A pesquisa ainda se encontra em fase inicial, mas já foi coletado material cervical ou vaginal de 50 gestantes da Maternidade Escola da UFRJ. O material clínico foi transportado para o Instituto de Microbiologia e já começou a ser analisado. Estes procedimentos são fundamentais, pois os microrganismos pesquisados, Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, são bastante sensíveis à condições ambientais adversas, particularmente temperatura e dessecação.

“O projeto tem um importante papel na prevenção deste tipo de infecção bacteriana, já que a falta de informação existente hoje gera lacunas que impedem um método terapêutico adequado para as gestantes e direcionamento de campanhas preventivas para evitar a infecção e a reinfecção”, disse o cooordenador da pesquisa, Sergio Fracalanzza.

Além dos benefícios diretos para os pacientes infectados, que poderão ter diagnósticos e formas de prevenção melhor planejadas, um ganho significativo deste projeto será também a instalação de um laboratório piloto no Instituto de Microbiologia Prof. Paulo de Góes da UFRJ, voltado para o diagnóstico de infecções bacterianas transmitidas por via sexual. Este laboratório estará preparado, inicialmente, para o diagnóstico de N. gonorrhoeae e C. trachomatis, mas no futuro poderá incorporar, ainda, a confirmação de outros agentes infecciosos. 

Assessoria de Comunicação Social do CNPq