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lhc-cern-2O maior acelerador de partículas do mundo, o Large Hadron Collider (LHC), ou Grande Colisor de Partículas, começou a funcionar nesta quarta-feira, 10 de setembro, na fronteira entre a Suíça e a França. A um custo de 10 bilhões de dólares, a criação da máquina capaz de recriar a explosão que originou o Universo, o Big Bang, foi comparada pelo professor do Instituto de Física (IF) da Universidade de Brasília Paulo Caldas, em termos de impacto, com a descoberta da eletricidade. "Este é um novo degrau para entendermos o Universo. E vai causar um impacto em todas as áreas do conhecimento", afirmou o físico.
METAS - Uma das principais metas do LHC é tentar explicar a origem da massa das partículas elementares que compõem o Universo. O aparelho funciona como um enorme microscópio, capaz de detectar partículas até 1 bilhão de bilhão de vezes menor que 1 metro.

O LHC é formado por um anel de 27 km de circunferência. Ao longo deste anel, estão instalados quatro detectores de partículas. Os cientistas injetaram dois feixes de prótons no túnel da máquina. Esses prótons foram acelerados em tubos de vácuo a 99,99% a velocidade da luz.

Dentro do túnel, um feixe corre no sentido horário o outro, paralelamente, no sentido anti-horário. Os feixes cruzam-se apenas dentro dos quatro detectores, preparados para registrar todas as informações das partículas.

IMPACTOS - Alguns cientistas acreditam que este equipamento pode provocar a criação de um buraco negro capaz de destruir a Terra. Caldas não acredita em impactos dessa magnitude. “Talvez sejam produzidos mini buracos negros, mas que seriam incapazes de engolir o planeta”, afirma.    

Outros pesquisadores acusam a Organização Européia para Pesquisas Nucleares (CERN) de não ter realizado estudos suficientes sobre possíveis impactos ambientais. Caldas comenta que desde a década de 30 os aceleradores são construídos e impactos sempre foram levados em conta.

“Os países próximos ao LHC jamais aceitariam qualquer tipo de impacto”, pondera o professor.

UnB Agência