A reportagem de capa mostra que, se o desaparecimento de formas de vida na Terra continuar no ritmo atual – considerando ainda a agravante das mudanças climáticas nas próximas décadas –, é possível que até o final do século metade das espécies do planeta esteja extinta. É algo semelhante, em tamanho e velocidade, ao que aconteceu quando um asteroide atingiu a Terra há 65 milhões de anos e provocou o fim da era dos dinossauros.
Essa potencial destruição ganhou o apelido de Sexta Edição porque pode atingir dimensões comparáveis às das cinco grandes extinções em massa da história da Terra. A última foi a dos dinossauros. A diferença é que, nos eventos anteriores, o que parece ter pesado foram elementos astronômicos e geológicos. Agora, pela primeira vez uma extinção poderá ser causada pela ação de uma outra espécie. Nesse caso, o Homo sapiens. Como sintetizou o paleontólogo Peter Ward, em seu livro O fim da evolução, o asteroide somos nós.
Se a humanidade cruzar os braços, mostra a reportagem, o mínimo que se pode esperar é um empobrecimento da biosfera por dezenas de milhões de anos, com consequências imprevisíveis para a nossa própria espécie.
Livros da vida
“A informação armazenada no DNA de cada espécie viva é um tesouro único da história da evolução no planeta. Decifrar esses livros da vida pode trazer pistas para medicamentos potentes, novas fontes de energia, insumos agrícolas e industriais – só para começar”, escreve o repórter Reinaldo José Lopes. “Além disso, o conceito de serviços ambientais tem de ser levado em consideração. Ecossistemas saudáveis garantem produção e purificação de água, reciclagem de nutrientes do solo, polinização de lavouras, entre outros bens cruciais para a manutenção da sociedade humana – de graça”, continua.
Um exemplo disso é o uso da biodiversidade por uma pequena empresa brasileira em parceria com a Unesp e a Unicamp para a obtenção de um hidratante inovador. Inspirado em um prêmio Nobel, o cosmético já é exportado para quatro países. A história, contada na edição de abril da revista, mostra que é possível superar as dificuldades de pesquisa e desenvolvimento nas relações entre universidade e indústria.
O terceiro destaque da edição é para uma pesquisa sobre um espaço virtual de aprendizagem de idiomas. Conhecido como Teletandem, ele promove o intercâmbio cultural por meio de conversas entre estudantes do Brasil e do exterior. Pesquisadores da Unesp de Assis e de São José do Rio Preto investigam a prática para entender os avanços e desafios de uma educação focada nos alunos e não no professor.
Veja aqui a edição online completa. A versão impressa da revista circula a partir da semana que vem.
Unesp Assessoria de Comunicação e Imprensa