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Econoteen busca tornar conceitos econômicos menos abstratos e complexos entre os jovens do ensino médioSe economia é um assunto aparentemente complexo e, ao mesmo tempo, intrínseco à vida de qualquer cidadão, como fazer com que os adolescentes se interessem pela área? Foi essa dúvida que Antônio Campino, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, teve enquanto traduzia um texto de macroeconomia.
“Moeda, taxa de juros e câmbio são conceitos que fazem parte da vida diária, mas aparecem muito pouco no ensino médio”, explica o professor. Assim, ele teve a ideia de criar o Prêmio Econoteen de Ensaios, que, neste ano, chega à sua terceira edição e mantém as inscrições abertas até o dia 15 de outubro, pelo site do concurso.

Com apoio do Departamento de Economia da FEA, o Econoteen é um concurso que premia os melhores trabalhos de alunos do terceiro ano do ensino médio, de escolas públicas ou privadas do estado de São Paulo. Neste ano, incentiva os estudantes a pensarem sobre as implicações econômicas de problemas relacionados ao aquecimento global, que exige da sociedade formas alternativas de utilizar a energia em um contexto de crise. Na primeira edição, de 2007, o tema foram os problemas econômicos e os desafios do desenvolvimento brasileiro. No ano passado, a pergunta lançada foi “A produção de etanol de cana causa crise alimentar?”.

De acordo com o professor Campino, os temas são escolhidos a partir de questões atuais que mobilizam a sociedade. Gabriela Miranda, aluna do curso de economia da FEA e estagiária da comissão organizadora do Econoteen, ressalta que os temas também têm potencial para aparecer nos vestibulares, de maneira que a participação no concurso acaba sendo uma forma de se preparar para as provas.

Além de estimular o interesse pelo pensamento econômico entre os adolescentes e aproximá-los dos assuntos abordados pelos economistas, o Econoteen busca, também, divulgar entre os jovens o curso de graduação em economia e suas possíveis áreas de atuação. “Queremos trazer esse público para a FEA, e o primeiro passo é mostrar que a economia não é tão abstrata como se pensa”, explica Gabriela. 

Para o professor Campino, o concurso, como projeto de extensão da faculdade, está no caminho certo, uma vez que promove contato entre a USP e o ensino médio público. Gabriela conta que, na edição passada, dois dos três primeiros colocados foram alunos da rede pública. Um dos participantes do Econoteen, inclusive, é hoje aluno da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. 

Aberto a estudantes também do ensino privado desde o ano passado, a terceira edição do concurso vai premiar o primeiro colocado com R$ 1.500,00, o segundo com R$ 1.000,00, e do terceiro ao quinto lugar com R$ 500,00. Para isso, o Econoteen conta desde o ano passado com o patrocínio da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Outras colocações poderão receber menção honrosa.

As duas edições do Econoteen contabilizaram cerca de 60 inscrições, e a expectativa é de que, neste ano, o número seja ainda maior, por conta da divulgação em parceria com o Centro de Referência em Educação (CRE) Mário Covas, ligado à Secretaria de Estado da Educação, e com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp). O material de divulgação do concurso foi enviado a quase cinco mil escolas do estado de São Paulo, entre particulares e públicas. 

Os ensaios devem ser enviados até o dia 30 de novembro. A avaliação será feita por uma comissão de professores da faculdade. A entrega dos prêmios acontecerá na aula magna da FEA, na semana de recepção aos calouros em 2010. 

Todas as informações sobre regulamento e exigências para os trabalhos podem ser consultadas no site do evento , que disponibiliza também textos sobre a carreira do economista e o curso de economia da FEA. Para ajudar o estudante inscrito, o site traz também um amplo material com conceitos de economia, em linguagem simples e acessível, a ser empregados na produção do ensaio. 
 
Assessoria de Imprensa da USP