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Passada a primeira e segunda ondas - da graduação e da pós-graduação - agora as empresas começam a perceber que precisam de especialistas na sua cadeia de valores. “Mas, para sobreviver à competição é preciso ter executivos que conheçam a empresa, seus mercados, seus concorrentes, fornecedores e, principalmente, clientes”, conta o professor da IBE-FGV e coordenador do MBA em Gestão Comercial, João Baptista Vilhena. 
Hoje, a educação formal oferecida pelas universidades e faculdades não acompanha as necessidades de um mercado cada vez mais disruptivo. “As organizações partiram para uma solução mais rápida. Evoluíram em cima do mesmo paradigma anterior e passam a exigir não mais o diploma de curso superior e pós, mas um pomposo título de MBA”,

No entanto, apesar de abarrotado de talentos, o mercado ainda não dispõe de profissionais com os diferenciais que o RH procura.

Veja o que dizem os especialistas

Para o professor de gestão de pessoas da IBE-FGV e coaching, Vagner Sandoval, a alta competitividade exige diferenciação. “É preciso incrementar o currículo de forma a colocá-lo um passo à frente dos outros. Por este ponto de vista, os recrutadores separam primeiro os profissionais com as melhores formações e especializações”, avisa ele.

Com os conhecimentos específicos obtidos na pós e no MBA, além do embasamento macro da graduação, a visão estratégica desenvolvida também é um diferencial. “O RH sabe que a especialização aprimora e alavanca a performance do profissional, de forma que aqueles que estudaram mais conseguem ser mais estratégicos”, explica a professora.

De acordo com ela, esse novo posicionamento ainda permite ganhos como ascensão da carreira e aumentos salariais.

Com a velocidade das mudanças no mercado, atualmente as organizações buscam profissionais preparados para antecipar problemas e propor soluções. “As salas de aula da especialização trazem conteúdo atualizado de forma que os alunos conhecem as tendências, novos produtos e estratégias, ampliando sua capacidade de acompanhar essas mudanças e inovar principalmente no atendimento às demandas do cliente”, avalia Ligia.

Por outro lado, com tantos talentos à solta, a atualização profissional é uma questão de sobrevivência. Os generalistas só são aproveitados se, apesar de dominarem um vasto terreno, também tiverem a formação específica obtida na pós e MBA.

“Quem possui a capacitação necessária torna-se indispensável por seu valor para os empregadores”, destaca o professor de liderança e inovação da IBE-FGV, Emerson Barboza, o Emerson BZ.

Além disso, conforme ele, as salas de aula são oportunidades para aumentar o networking. “Tanto para quem deseja fazer negócios, conseguir parcerias ou procurar emprego, ter uma rede de contatos de alto nível é essencial”.

Porém, Emerson BZ faz um alerta. “É um equívoco achar que as três letras MBA serão suficientes para dar um upgrade no currículo, aumentar o salário ou arrumar um emprego. Conhecimento é fundamental, mas conhecimento, em si, é nulo se não for aplicado, transformado em algo prático e concluído com experiência para o profissional”, conclui.