Imprensa: Sua gestão como reitor completa dois anos em setembro. Qual o foco dos trabalhos desenvolvidos até então?

Reitor: Temos atuado em diversas áreas, pois os desafios da UEMS são muitos. Para citar algumas ações, aponto o aumento do acervo bibliográfico em    %; a melhoria da infraestrutura da Instituição com a construção da sede de Coxim e reformas nas unidades de Cassilândia, Jardim, entre outras; e um foco que tem sido bem trabalhado são ações para garantir a manutenção do aluno na Universidade. Proporcionamos um aumento de 30% no número de bolsa-permanência e isso favorece ao aluno poder concluir seu curso com mais dedicação ao ensino, pesquisa e extensão.

Imprensa: Parcerias com o poder público e privado também têm garantido várias conquistas. Como tem sido essas parcerias?

Reitor: Temos parcerias com prefeituras municipais (cedência de funcionários, qualificação de mão-de-obra e execução de obras de infraestrutura) e parcerias políticas para conseguir fundos desvinculados do repasse do Governo do Estado, que tem sido uma maneira de darmos conta de demandas extras da Universidade. Atualmente temos seis emendas tramitando na Câmara dos Deputados que podem chegar a R$195.000,00 para melhoria das unidades e implantação de novos cursos.

Imprensa: E por falar em novos cursos, quais as expectativas para a UEMS quanto aos cursos abertos neste Vestibular?

Reitor: Estamos com dez novos cursos sendo oferecidos neste Vestibular. E além do número de cursos, aumentamos em quase 30% o número de vagas disponíveis à sociedade. Isso era uma meta e nos deixa muito felizes porque estamos retornando à comunidade de alguma forma o investimento que todos fazem ao pagarem seus impostos. São 450 novas vagas públicas e gratuitas para o Estado todo. Além de atender a sociedade, propiciar a inclusão desta no ensino superior significa contribuir para o desenvolvimento individual e local. Por exemplo: Glória, Ivinhema e Naviraí são regiões produtoras de frutas. Com os cursos implantados na área de agroecologia e horticultura esperamos que os pequenos produtores agreguem valor a seus produtos e assim façam circular mais recursos na região.

Imprensa: Os benefícios da inserção da Universidade são mais claros nos cursos voltados ao agronegócio e que trazem dados palpáveis? 

Reitor: Não só. Na verdade é difícil medir em números, por exemplo, quais os benefícios que um egresso de Letras ou de Matemática tem no mercado. Mas podemos medir em qualidade de ensino nas escolas, que vêm aumentando, ou no fato de percebermos o desenvolvimento cultural e educacional em nosso Estado. Cada egresso contribui para isso. Não podemos falar só em capacitação de mão-de-obra para indústrias (como propõe os cursos superiores tecnológicos), mas na formação de recursos humanos, o que diz respeito a todos os cursos de graduação da UEMS – tanto no bacharelado como na licenciatura. Por exemplo: a Unidade de Paranaíba oferece um curso de Direito que já realiza cerca de seis mil atendimentos à sociedade por ano. Tem como acreditar que isso não fará diferença alguma na sociedade?

Imprensa: Para finalizar a entrevista, as expectativas almejadas com o processo seletivo 2010 estão sendo correspondidas?

Reitor: Ano passado tivemos 9.500 inscritos para o processo seletivo e esperamos que este ano o número chegue a 12 mil. Atualmente, temos computado cerca de 19 inscrições por hora, um número que tem nos surpreendido bastante já que ainda estamos entrando na segunda semana de inscrições e sabemos que os números aumentam consideravelmente quando o prazo está se encerrando. Estamos muito confiantes quanto ao processo seletivo, e mais que isso, quanto ao futuro da Instituição. A UEMS, a cada ano, demonstra mais maturidade e poder de se transformar em favor da comunidade. Nosso objetivo será sempre dar o melhor retorno possível aos sul-mato-grossenses.