“Tratam-se de países que ainda enfrentam, inclusive, problemas de fornecimento de energia e acesso à internet. O Brasil não se encaixa mais nesta realidade, pois já possui equipamentos de alta complexidade, apesar de ainda ter problemas de distribuição”.
O ponto forte da discussão, segundo o professor, foi a falta de recursos humanos para operar equipamentos de alta tecnologia. De acordo com Calil, grande parte de equipamentos doados a essas nações acabam ficando obsoletos pela falta de infraestrutura dos hospitais. “Um desses países recebeu ventiladores pulmonares como doação, mas não tinha como utilizar por falta de um profissional que os operasse. Os hospitais não têm infraestrutura”, acrescenta.
“Ao ouvir a história desses países, constata-se que o Brasil é privilegiado na área de tecnologia em saúde”, diz Calil. O professor fala em tecnologia de ponta, como equipamentos e ressonância magnética, mas que pode estar maldistribuída, pois em algumas localidades existe excesso de equipamentos, enquanto pacientes de algumas regiões“precisam viajar 60 quilômetros para realizar um exame. “Mas não podemos dizer que não existe acesso. A Unicamp é um dos hospitais que permitem este acesso a equipamentos de alta tecnologia”, explica. O problema da distribuição pode ser resolvido a partir de dados do IBGE, segundo o engenheiro: “O IBGE recebe, a cada dois, três anos, para realizar pesquisa saber as condições dos hospitais: quantidade de equipamentos de cada hospital, principais equipamentos, tamanho do hospital, tecnologia existente e se a tecnologia atende às necessidades e a demanda”, acrescenta.
Comunicação Social Unicamp



