foi submetida pela Uenf à Finep (Financiadora de Estudos e Projetos, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia) através do Edital CT-Infra 2008, voltado à implantação de infraestrutura de pesquisa nas universidades. O novo prédio deverá ocupar área próxima ao Hospital Veterinário e ao CCTA.

 

O projeto prevê que os dois primeiros andares sejam erguidos com estrutura de concreto, e os demais, com estrutura metálica, que é mais leve e rápida para construção. Isto permitirá diminuir os custos iniciais relativos à fundação. A ideia é obter paulatinamente os recursos para completar a edificação, através dos próximos editais da Finep ou de outras fontes de fomento. Se for possível manter o fluxo de recursos, espera-se que a cada dois anos possa ser construído um novo andar, o que corresponde a um prédio inteiro do tipo Ciep.

 

— A expectativa é de que o resultado deste Edital saia em meados deste ano e que, caso tenhamos êxito, os recursos sejam liberados no início de 2010. Neste caso, está prevista para 2012 a conclusão dos primeiros andares, o que já ajudaria muito a desafogar a Universidade — afirma o prefeito da Uenf, professor Paulo Maia.

 

Segundo o reitor Almy Junior, o plano de expansão dos espaços físicos da Uenf levou em conta a projeção do quanto a Universidade deverá crescer nos próximos 20 anos. Quando estiver completo, o prédio terá 20 mil metros quadrados de área construída, destinados às atividades de ensino, pesquisa e extensão. A área de apoio (estacionamento, arruamento e circulação) necessitará de mais 100 mil metros quadrados, aproximadamente. 

 

A estimativa de área necessária para a expansão considerou o número de professores previstos para a Uenf (600 professores, segundo o quadro de pessoal previsto em lei para o crescimento da Universidade), a relação ideal entre o numero de professores por aluno (18 alunos por professor, o que elevará para cerca de 9 mil o número de estudantes) e a área atual ocupada pela comunidade universitária (aproximadamente 15 mil metros quadrados). 

 

— Não pretendemos esperar apenas pelos resultados da Finep.  Esta ação, além de estar sendo discutida com a Petrobras, poderá ser contemplada com outros recursos. O importante é que tenhamos em mente a necessidade de expansão, não só para o crescimento da Universidade, mas também para melhorar as condições de trabalho que existem atualmente — explica.

Segundo o prefeito Paulo Maia, a opção pela verticalização, ao invés de vários prédios horizontais, deveu-se ao pouco espaço disponível no campus. Ocupando toda a área disponível com prédios de poucos andares, explica o professor, não seria possível a expansão máxima prevista para a Universidade.

 

— Recentemente foi feita uma reunião com os arquitetos do escritório de Oscar Niemeyer para tratar deste assunto e ficou claro que o plano de expansão da Uenf deve estar a cargo da própria Universidade. E o projeto de expansão da Uenf não vai interferir no plano piloto da Universidade, projetado por Niemeyer.