“Para adensar bem o concreto tradicional, é preciso usar vibradores. Esse outro se comporta mais como a água, se moldando naturalmente aos locais, dispensando o uso daquele equipamento”, compara Bernardo. “Com isso, ocorre uma redução de até 70% na mão-de-obra”, salienta.
O concreto tradicional geralmente é formado por cimento, areia, brita e água. Esse outro leva um aditivo superplanificante, para o aumento da fluidez, e um material bem fino, como, por exemplo, a cinza volante, que é um resíduo da queima de carvão, para ter mais coesão.
Também chamado de mais humano, por evitar desgaste dos trabalhadores, o concreto auto-adensável ainda é pouco usado no país, embora já tenha sido testado no Rio Grande do Sul pela empresa Engenho Sul. Utilizado mais freqüentemente na Europa e no Japão, também é adotado pela indústria de pré-moldados, na fabricação de vigas e pilastras. “Ele tem custo superior, mas tem outros benefícios que compensam”, pondera Bernardo.
A obra, resultado de um apanhado dos últimos cinco anos de pesquisas e aplicações práticas, deve ser lançada no Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (Entac), entre 8 e 10/10, em Fortaleza, e em um outro evento do setor, a Construtech, em São Paulo, dia 21/10.
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