Ampliar as relações no ensino de pós-graduação entre a Unicamp e a Universidade Técnica de Munique (TUM), localizada na Alemanha. Esse foi o principal objetivo da visita feita nesta quinta-feira (15) pelo diretor da Escola de Pós-Graduação da TUM, Ernst Rank, à Unicamp. A visita ocorreu apenas duas semanas depois de Rank ter recebido o reitor Fernando Costa e o coordenador de Relações Institucionais e Internacionais da Unicamp, Leandro Tessler, na Escola de Pós-Graduação da TUM.
"Nossas universidades já mantêm boas relações, mas gostaríamos de levá-las para um nível mais alto", afirmou Rank, pouco antes de participar de uma reunião na sala do Conselho Universitário (Consu). "Como a Unicamp está entre as melhores universidades não só do Brasil, mas de toda a América do Sul, acreditamos que ela será uma parceira muito interessante para a troca de alunos de doutorado e colaborações em ensino e pesquisa", acrescentou.
reitroria_visitatum100716_290x260.jpgA Unicamp foi a segunda universidade que Rank conheceu no Brasil. Ele já havia estado na Universidade de São Paulo (USP) e ainda iria à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Depois, partiria para outras visitas na Austrália e em Singapura. A intenção da TUM, explicou, é estabelecer parcerias "de alto nível" no ensino de pós-graduação com cerca de 30 universidades em todo o mundo. A reunião na sala do Consu contou com a presença do reitor; do pró-reitor de Pesquisa, Ronaldo Pilli; do assessor da Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori), José Pissolato Filho; e de representantes de unidades de ensino e pesquisa das áreas de Exatas e Tecnológicas.
As palavras iniciais do reitor, que destacou a abordagem inovadora da TUM para os estudos de pós-graduação, foram seguidas por uma apresentação sobre a Unicamp, feita por Pilli. Os professores Max Henrique Machado Costa, diretor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC), e Kátia Lucchesi Cavalca Dedini, da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM), falaram de suas respectivas unidades. Rank encerrou as apresentações com uma visão geral sobre a TUM e a Escola de Pós-Graduação. A TUM, ressaltou, foi uma das três universidades alemãs que conseguiram financiamento em todas as linhas da Iniciativa de Excelência, programa lançado em 2006 pelo governo federal em parceria com os estados. O feito garantiu à TUM o título de "universidade de elite" na Alemanha.
Dedicada às Ciências Naturais, às Engenharias e à Medicina, a TUM emprega 430 professores com estabilidade (tenure), 4 mil pesquisadores e cerca de 800 assistentes de doutorado. Entre os alunos, aproximadamente 24 mil estão matriculados em cursos de bacharelado e mestrado e outros 4 mil fazem doutorado. Os alunos de doutorado — ou "candidatos a doutorado", como se diz na TUM — estão ligados à Escola de Pós-Graduação, dirigida por Rank. Uma das grandes preocupações da escola, segundo ele, é garantir que os alunos tenham pelo menos seis semanas de experiência em alguma instituição estrangeira durante o período do programa.
Rank falou especificamente de um dos "centros temáticos" que compõem a Escola de Pós-Graduação: o IGSSE, voltado para projetos de doutorado interdisciplinares que envolvam temas de Ciência e Engenharia. Apoiado pela Iniciativa de Excelência, o IGSSE prioriza ainda mais a experiência internacional dos doutorandos. Lá, o ideal é que os alunos passem no mínimo três meses fora da Alemanha. Terminada a reunião na sala do Consu, Rank visitou laboratórios da FEEC, da FEM e do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW).
Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unicamp