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Notícias do Campus
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Os participantes do VI Seminário Regional de Cidades Fortificadas e do Primeiro Encontro Técnico de Gestores de Fortificações vão formular, nesta quinta-feira (1), ao final das comunicações, um documento dirigido às autoridades ligadas ao patrimônio histórico e cultural do Brasil, Uruguai e Portugal, reivindicando ações para a preservação, valorização e dinamização das fortalezas. Os congressistas também vão propor que os Ministérios da Cultura dos países criem uma linha de financiamento específica para conservação dos fortes, já que em todo mundo enfrentam problemas de verbas.
Vão ainda submeter a plenário moções específicas solicitando a recuperação de fortalezas em ruínas, como a de Araçatuba, próxima à Ilha de Naufragados, em Florianópolis, e outras duas, em Salvador, segundo Joi Cletison, coordenador do Projeto Fortalezas da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, promotora do evento.

Entre as ações recomendadas está a realização de atividades artísticas voltadas para a educação de crianças e da população em geral sobre a importância do patrimônio. Outra solução é a possibilidade de aluguel das fortalezas para eventos sociais, a exemplo do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, que com esse tipo de solução triplicou sua visitação para um milhão de pessoas no último ano e conseguiu recursos para restauração e manutenção.

Em Florianópolis, uma portaria já assinada pelo reitor Alvaro Prata e em tramitação no Conselho Universitário regulamenta a abertura do uso das três fortificações administradas pela UFSC (Ratones, São José da Ponta Grossa e Santa Cruz de Anhatomirim).

Nesta quinta foi apresentado pela UFSC o Projeto Fortalezas Multimídia como uma importante contribuição para esse movimento internacional pela valorização das fortalezas, iniciado há seis anos em Montevidéu, no Uruguai. Trata-se de um site permanente com todo o conteúdo desses eventos e um Banco de Dados com o qual pretende informatizar a história e os dados de todas as fortificações do mundo (www.fortalezas.org).

Criado pelo arquiteto Roberto Tonera e acessível pela internet em três idiomas, o banco já tem cadastradas mais de 850 fortificações de vários países, entre eles Uruguai, Brasil, Chile e Colômbia. Foi desenvolvido para funcionar em forma de rede colaborativa, numa espécie de comunidade virtual de investigadores e instituições interessadas na história e na preservação das fortificações.

Durante os seminários, os participantes e público em geral podem fazer consultas monitoradas ao Banco de Dados e também ao CD-ROM Fortalezas Multimídia, além de visitar estandes e exposição de maquetes das fortalezas da UFSC. O público que não está inscrito nos eventos pode navegar pelo CD ou apreciar a mostra fotográfica com 46 imagens das fortalezas participantes.

Ainda nesta quinta, serão exibidos dois vídeos sobre fortificações. O primeiro, às 16h45min, é “As fortificações da Ilha de Santha Catarina”, documentário de 22 minutos, dirigido e produzido por Tatiana Kviatkoski. Aborda a história da construção e o processo de restauração dos fortes pela UFSC, além de enfocar a entrega do monumento recuperada para a população em torno como espaço cultural e comunitário. O outro, intitulado “Uma Bahia a defender”, será apresentado por Alejandro Ferrari, do Forte Maldonado, no Uruguai.

As apresentações e debates ocorrem no auditório da Reitoria da UFSC. O evento encerra na sexta-feira, 2, com uma visita guiada dos participantes e veículos de mídia às Fortalezas de Anhatomirim e Ratones, na Ilha de Santa Catarina, com saída marcada para às 9 horas, do Forte Santana e retorno às 18 horas.

Agência de Comunicação da UFSC