A maioria dos participantes são professores e profissionais da área, como a pedagoga Andréia Robe. Prima de um deficiente visual, ela se interessou pelo assunto e aproveitou a oportunidade para incrementar sua formação pedagógica com conhecimentos na área. “Acho bastante interessante esse segmento e pretendo trabalhar com esse público quando concluir o curso”, disse.
Entretanto, além de aplicar os conteúdos aprendidos com outras pessoas, os participantes podem praticar a teoria no seu próprio cotidiano. É o caso de Celinha da Silva, que tem baixa visão e já estuda informática na Louis Braille. Para ela, as aulas têm tido resultados mais que significativos. “É maravilhoso poder encontrar novas formas de aprendizado”, comentou.
No momento, as novas formas de aprendizado a que Celinha se refere dizem respeito ao sistema operacional DosVox, cujas especificidades foram conhecidas pelos alunos na última sexta-feira (20), e que permite a cegos e pessoas com baixa visão um manuseio facilitado do computador, através de recursos como o leitor de telas. “Esta parte prática mostra que o computador pode ser usado como ferramenta pedagógica no ensino a deficientes visuais. É mais uma possibilidade de inclusão”, opinou uma das professoras do curso, Milene Viana. Simoni Peverada, que integra a comissão organizadora do curso pela Escola Louis Braille, concorda: “Os conteúdos repassados aqui têm surtido um efeito muito positivo. Realmente a parceria deu certo”.
Assessoria de Comunicação UCPel