Com ampla experiência científica, diversos artigos publicados em revistas especializadas e um prêmio internacional sobre o tema, além de assistência a centenas de pacientes, o Instituto da Visão e a UNIFESP oferecem suporte científico e disseminação da técnica, através da formação de profissionais para atuarem em outros centros.
O que é ceratocone
Ceratocone é uma deformação corneana não-inflamatória e indolor, caracterizada pelo afinamento e perda de rigidez da parte central da córnea, que fica mais abaulada (formato de cone), provocando distorção e embaçamento das imagens, similar à provocada por altos astigmatismos. Em 90% dos casos é bilateral. Sua origem é genética, com forte caráter hereditário. Inicia-se geralmente na adolescência, por volta dos 13 anos de idade, evoluindo até aproximadamente 35 a 40 anos quando, na maioria dos casos, ocorre uma estabilização espontânea do processo.
Evolução e tratamento
Durante o estágio ativo da doença as mudanças podem ser rápidas. Freqüentemente os pacientes reclamam das constantes mudanças de grau dos seus óculos. Na maioria dos casos, 80%, o uso de óculos ou lentes de contato gelatinosas é suficiente para garantir uma visão satisfatória para o paciente. Entretanto, o progresso da doença é muito variável. Enquanto alguns casos evoluem lentamente, uma minoria tem evolução rápida, necessitando de lentes de contato rígidas ou transplante de córnea. Mesmo com o desenvolvimento de novos procedimentos cirúrgicos para simplificar ou fornecer mais segurança no tratamento do ceratocone, como os implantes de anéis intra-corneanos, o transplante de córnea ainda é o procedimento cirúrgico de escolha para a doença, apesar do risco de complicações, como alto astigmatismo, anisometropia, rejeição, infecção, glaucoma, catarata e doenças relacionadas à superfície ocular.
O CXL vem se tornando uma opção terapêutica menos agressiva e, o que é fundamental, potencialmente capaz de controlar a progressão do ceratocone e de deformações corneanas pós-cirúrgicas, justamente por agir no mecanismo fisiopatológico da doença, endurecendo a córnea. No Brasil, especialmente no
Instituto da Visão, estão em andamento diversas pesquisas com excelentes resultados, recentemente apresentados durante congressos nacionais e internacionais. Também houve participação direta da UNIFESP no desenvolvimento do único aparelho nacional liberado pela ANVISA para o tratamento de CXL.
Utilizado no mundo inteiro, com excelentes resultados -- os pacientes tiveram sua doença estabilizada – o “Cross-Link” do colágeno corneano se tornou a opção menos invasiva em casos de ceratocone progressivo, diminuindo a necessidade de transplantes de córnea.
Assessoria de Imprensa Instituto da Visão UNIFESP