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harvard_logoA UnB quer ampliar a internacionalização dos cursos de graduação e pós em todas as áreas com a Universidade de Harvard. Este objetivo, um dos pontos estratégicos da gestão universitária, foi estabelecido nesta quinta-feira, 24, em São Paulo, em reunião liderada pela reitora de Harvard, Drew Faust, com 18 representantes das principais universidades (reitores) e agências de fomento e pesquisa do Brasil, na sede do Iate Clube de Santos.
“Foi aberto hoje um grande espaço para acordos de longa duração”, avalia o vice-reitor da UnB, João Batista de Sousa. Segundo ele, o financiamento à pesquisa e o desenvolvimento das áreas de ponta no âmbito científico – como saúde, ciências biológicas e farmacêuticas e tecnologia – foram os principais temas do encontro em que predominou a presença das instituições públicas federais e estaduais, entre elas USP, Unifesp, UFMG, Fapesp, UFSC, UFBA e ITA. A iniciativa de Harvard pretende abrir caminho para conhecer e associar-se ao sistema de educação superior brasileiro, de acordo com  João Batista. O convite foi feito em meados deste mês, pouco antes da visita ao país do presidente dos EUA, Barack Obama.

DIVERSIFICAÇÃO – “Ela queria saber como e quais as possibilidades de estabelecer parcerias e acordos entre as universidades, quais as áreas mais fortes nas diversas instituições de pesquisa e ensino, o perfil dos estudantes brasileiros e os desafios que temos enfrentado”, apontou o vice-reitor da UnB. 

Nesta primeira reunião de prospecção foram abordadas as formas de operação das universidades, a mobilidade estudantil (intercâmbio) e as profissões mais procuradas no Brasil. Na opinião de João Batista, “os reitores colocaram muito bem a questão da diversificação das nossas instituições; o diferencial entre as confissionárias, públicas, privadas, filantrópicas e comunitárias”.

Os reitores e acadêmicos expuseram à colega norte-americana as bases do sistema de educação, enfatizando as contradições que se desdobram ao longo das últimas décadas. Por exemplo, o fato de apenas 13% dos jovens de até 27 anos frequentarem o ensino superior. “Ainda há o disparate de que, embora o Brasil produza um grande número de doutores e mestres, a educação básica não se desenvolveu da maneira como desejamos”, ressaltou o vice-reitor da UnB.

AVANÇOS – “Nesta aproximação com um pequeno grupo de importantes universidades, como classificou a própria reitora, todos nós reconhecemos, entretanto, que houve um aumento significativo do acesso à educação superior nos últimos cinco anos”, declarou João Batista. Ele revelou que foram destacadas a criação de cursos técnicos e a interiorização das instituições universitárias, “um aspecto positivo e um grande avanço para a educação”.

Para ele, o desafio agora é melhorar a qualidade do ensino fundamental e médio e direcionar um olhar cuidadoso ao magistério, uma vez que “quem teve melhor educação básica não quer seguir a carreira de professor: este tem sido um dos nossos gargalos, um obstáculo para elevar o padrão nas salas de aula”.

Drew Faust disse que ficou satisfeita com a realização da iniciativa. “Tivemos um encontro positivo, de dimensão política e acadêmica. Uma feliz oportunidade de trocar idéias e experiências da nossa universidade, forte e respeitada em todas as áreas, desde ciências biológicas a relações internacionais, com a reitora da maior do mundo e das mais prestigiosas”, assinalou o vice-reitor da UnB.

UnB Agência