A exposição tem entrada franca e pode ser visitada até 30 de abril no saguão da Biblioteca, prédio 16 do Campus da Universidade (avenida Ipiranga, 6681- Porto Alegre), de segunda à sexta-feira, das 7h45min às 22h50min, e aos sábados, das 7h45min às 17h30min. Outras informações pelo telefone (51) 3353-8386.
Sobre Zeferino Brazil
Zeferino Antônio de Souza Brazil, ou Zeferino Brazil, nasceu em 24 de abril de 1870, em Porto Grande, distrito ribeirinho de Taquari. Foi membro fundador da Academia Rio-Grandense de Letras. Firmou-se como cronista, romancista, dramaturgo, crítico, mas a sua marca pessoal, como artista da palavra, foi a poesia, obtendo, por isso, o epíteto "Príncipe dos poetas rio-grandenses", devido à sua expressiva e notória sensibilidade poética. Colaborou com vários jornais usando, além do nome Zeferino Brazil, vários pseudônimos, dentre eles, conforme o próprio autor: Nilo Castanheira, João Simplício, Lúcifer, Til, João da Ega, Eça de Oliveira, Brás Patife Júnior, José dos Cantinhos, Zézinho, Tic, Tac e Diabo Coxo, no Jornal do Comércio; Eça de Oliveira, Diabo Coxo, Celino Délio, Vasco de Montarroyos, NC, Phoebus de Montalvão e Diávolo, no Correio do Povo; Luiz Deniz na primeira fase da Última Hora e na Gazeta do Comércio. Come çou a escrever muito cedo, deixando publicadas nove obras poéticas, dois romances e um livro de crônicas.
Como dramaturgo, segundo informa em De Vizeira erguida, publicado em 6 de junho de 1923, no Correio do Povo, escreveu a comédia Ester, (apresentada pela Sociedade dramática de Porto Alegre, no Teatro São Pedro em 21 de julho de 1902); o drama O outro, em 1904, (também apresentada pela Sociedade Dramática) e a comédia de um ato O Homem de gênio, encenada, mas sem menção da companhia teatral. Foi membro e posteriormente Presidente de Honra da Academia Literária Sul-rio-grandense e da Academia Rio-Grandense de Letras; foi membro da comissão de lexicografia da Academia de Letras do Rio Grande do Sul, foi presidente de honra do Cenáculo Literário Porto Alegrense, foi Presidente de Honra da Casa do Intelectual Brasileiro.
Foi homenageado por um grupo de jovens de Santiago do Boqueirão, que fundou, em 2 de setembro de 1919, um grêmio denominado Grêmio Literário Zeferino Brazil, e também por um grupo de jovens de Encruzilhada, que criou, em 15 de maio de 1942, um centro de cultura denominado Ateneu Zeferino Brazil. O poeta Zeferino Brazil, o príncipe dos poetas rio-grandenses, faleceu em 3 de outubro de 1942 em Porto Alegre, à margem do Guaíba, deixando a esposa, filhos, netos e bisnetos, além de uma legião de amigos que manifestaram sua dor e reconhecimento numa série de artigos publicados na imprensa local.
Assessoria de Comunicação Social - PUCRS / ASCOM