Ciência e Tecnologia

Um grupo internacional de cientistas descobriu uma reação química complexa responsável pela deterioração de algumas das grandes obras artísticas da história, produzidas por Vincent van Gogh (1853-1890) e outros pintores famosos no século 19. A novidade poderá ajudar a barrar o processo que faz com que as telas percam seu brilho e suas cores, como as obras de Van Gogh, cujo admirado amarelo brilhante tem se tornado um apagado marrom com o passar do tempo. O estudo foi publicado na edição de 15 de fevereiro da revista Analytical Chemistry. Para desvendar os segredos da reação química, os cientistas empregaram diversas técnicas e ferramentas de observação e análise, entre as quais raios X que usam luz síncrotron. Além da análise de obras, o grupo também examinou tubos de tinta conservados desde a época de Van Gogh.

fapesp-14feb11Os deslizamentos causados pelas chuvas em Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, em janeiro, podem ser melhor observados em um vídeo produzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a partir da imagem de satélite aplicada sobre um modelo que confere perspectiva 3D. Chamada pelos especialistas de DEM (sigla em inglês para Modelo Digital de Elevação), a técnica, que reproduz a distribuição espacial das características do relevo, permite um “voo virtual” sobre a região. No vídeo, que pode ser visto em www.youtube.com/ watch?v=Dkn1vhCFspI, foi utilizado o modelo DEM disponível no Google Earth, e a primeira imagem sem a interferência de nuvens após o desastre foi obtida em 20 de janeiro pelo satélite de alta resolução GeoEye.

A partida já acabou, mas o jogador se recusa a deixar o campo. Lançada em 7 de fevereiro de 1999, a sonda Stardust já cumpriu sua missão – de voar cerca de 3 bilhões de quilômetros para retirar partículas de poeira do cometa Wild e outros tantos para retornar à Terra –, mas continua em operação. As amostras do cometa vieram com a unidade de retorno, em 2006, quando a sonda passou pela Terra – e vem sendo analisados por cientistas desde então –, mas o veículo da Nasa, a agência espacial norte-americana, continuou seu caminho. “Colocamos a Stardust em ‘manobra de estacionamento’, em uma órbita que a trará de volta à Terra em alguns anos e pedimos à comunidade científica propostas de outras tarefas que ela possa executar, uma espaçonave que tem muitos zeros no odômetro mas ainda muito combustível para voar”, disse Jim Green, diretor da Divisão de Ciência Planetária da Nasa.

aereoA partir de março, um grupo de pessoas habituadas a viajar de avião passará a se reunir periodicamente para apontar o que poderia mudar no interior de uma aeronave de modo a aumentar os níveis de conforto durante um voo. Elas participarão de um estudo realizado pela Embraer em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que visa a desenvolver cabines de aviões mais confortáveis. Iniciada no segundo semestre de 2008, na pesquisa estão sendo analisados os fatores que influenciam a sensação de conforto dos passageiros de um avião, como vibração, temperatura, pressão e ergonomia, além de odores, materiais e iluminação.

Dezenas de jornais e revistas, centenas de canais de televisão, milhares de sites com milhões de páginas na internet e bilhões de chamadas e de mensagens em redes sociais transitando por computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos. Informação demais? Longe disso, por mais incrível que pareça. Segundo artigo publicado nesta sexta-feira (11/2) no site da revista Science, o mundo não está nem perto de um eventual limite, pelo menos do ponto de vista tecnológico, para lidar com dados digitais. Os autores do estudo, Martin Hilbert e Priscila López, da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, calcularam a capacidade mundial para armazenamento, processamento e comunicação de informações a partir da análise de tecnologias analógicas e digitais disponíveis de 1986 a 2007.

webEla chegou sem pompas, banda de música ou discurso. Em um dia incerto de janeiro de 1991, no início do período tradicional de férias da FAPESP, de 20 dias, começaram a entrar em um dos computadores da Fun­dação os primeiros sinais da internet no Brasil. Há 20 anos começava a nascer ali tudo o que se conhece hoje da grande rede mundial de computadores no país. “Para nós a chegada da internet não foi surpresa, estávamos esperando, porque ela estava crescendo nos Estados Unidos e sabíamos que seria mais fácil fazer um computador da marca Digital conversar com outro IBM, por exemplo”, diz Demi Getschko, o então superintendente do Centro de Processamento de Dados da FAPESP e atual diretor presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), entidade que é o braço executivo do Comitê Gestor da Internet (CGI) e coordena os serviços da rede no Brasil.

fapesp-semaforoEm época de verão os semáforos localizados nas principais vias das cidades brasileiras costumam apresentar com maior frequência problemas que, além de causar transtornos aos motoristas, podem ocasionar graves acidentes de trânsito. Com a incidência frontal dos raios solares nos semáforos convencionais, os refletores posicionados atrás do conjunto óptico fazem com que os raios sejam refletidos na direção do motorista. Isso, em conjunto com as lentes coloridas, cria a sensação de falso aceso das cores sinalizadas – o chamado “efeito fantasma”. E em dias de fortes chuvas ou quando há queda de energia, os equipamentos costumam entrar em pane, podendo permanecer desligados por horas.

Trocar o refrigerante por uma versão diet pode ajudar no controle do peso, mas não vai refrescar a saúde cardiovascular. Segundo uma nova pesquisa, quem consome refrigerante com frequência, mesmo que diet, tem risco muito maior de desenvolver problemas cardiovasculares do que aqueles que não ingerem a bebida. O estudo apresentado na quarta-feira (9/2) na International Stroke Conference 2011, em Los Angeles, Estados Unidos, foi feito com 2.564 pessoas com mais de 40 anos, de diferentes etnias, em Nova York, acompanhadas por uma média de 9,3 anos. Os resultados mostraram que aqueles que consumiram refrigerante diet diariamente tiveram risco 61% maior de desenvolver problemas cardiovasculares do que os que não beberam refrigerante com a mesma frequência.

Um infarto do miocárdio pode acarretar ao paciente um dano tão grande que o restabelecimento do fluxo sanguíneo por meio de técnicas convencionais talvez não seja suficiente. Para reparar tal estrago, seria necessário criar novos vasos ou até mesmo substituir o tecido danificado. Esse é o desafio que José Eduardo Krieger, diretor do Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular do Instituto do Coração (InCor) e professor titular em Genética e Medicina Molecular do Departamento de Cardiopneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), e sua equipe enfrentarão ao lado de um grupo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.

A ansiedade é algo normal e muitas vezes desejável, sendo parte do que ajuda o homem a superar perigos e ameaças, por exemplo. Mas tão importante quanto a ansiedade é o retorno ao estado normal. Quem tem dificuldade de “desligar” o estado pode desenvolver distúrbios de ansiedade, estresse pós-traumático e depressão. Entender como o organismo humano responde a estados de estresse agudo é o que motivou a pesquisa conduzida por Alon Chen e colegas no Departamento de Neurobiologia do Instituto de Ciência Weizmann, em Israel. Os cientistas dirigiram o estudo para uma família de proteínas que tem papel importante para regular o mecanismo do estresse. Uma dessas moléculas, a CRF, é conhecida por iniciar uma sequência de eventos que ocorrem quando uma pessoa se sente pressionada.

O primeiro satélite brasileiro a entrar em órbita atinge a maioridade nesta quarta-feira (9/2). Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), o Satélite de Coleta de Dados (SCD-1) foi lançado em 1993 pelo foguete norte-americano Pegasus. Em seu 18º aniversário de operação, o SCD-1 totaliza 94.994 voltas ao redor da Terra – o equivalente a oito viagens de ida e volta a Marte ou 3.216 viagens à Lua. Projetado inicialmente para durar apenas um ano, o equipamento de 115 quilos viaja a 27 mil quilômetros por hora e demora cerca de uma hora e quarenta minutos para completar uma volta no planeta.