Ciência e Tecnologia

lunaA Lua não é tão árida como se pensava. Ainda que não se encontrem oceanos, lagos ou mesmo uma poça em sua superfície, a água está presente no satélite terrestre. Após a descoberta de gelo em 2009, agora um grupo de pesquisadores acaba de identificar grupos de hidroxila em uma rocha lunar. Segundo o estudo, publicado na edição desta quinta-feira (22/7) da revista Nature, a presença do radical composto por oxigênio e hidrogênio confirma a existência de água em minerais no satélite terrestre. A rocha analisada foi trazida pelo programa Apolo.

fapesp-planetaPor meio de observações com o telescópio Hubble, da Nasa, a agência espacial norte-americana, um grupo de astrônomos confirmou a existência de um objeto extremamente quente ao qual chamaram de “planeta cometário”. O motivo é que o HD 209458b, seu nome oficial, lembra um cometa. Trata-se de um gigante gasoso que está em uma órbita tão próxima de sua estrela que sua atmosfera aquecida está se esvaindo no espaço. Segundo o estudo, publicado no The Astrophysical Journal, ventos estelares poderosos estão soprando material da atmosfera e deixando-o para trás na forma de uma cauda de um cometa.

Evitar o desmatamento continua sendo a melhor estratégia para minimizar a emissão de gases de efeito estufa (GEE) em regiões como o Estado de Mato Grosso, onde a fronteira agrícola avança sobre o Cerrado. Mas o manejo agrícola e o uso adequado do solo também podem contribuir consideravelmente para um futuro com menos emissões. As conclusões são de um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e norte-americanos que, utilizando um modelo biogeoquímico, fizeram uma estimativa dos impactos das emissões de GEE até 2050 em diferentes cenários de desmatamento e de usos do solo na fronteira agrícola de Mato Grosso.

Há dez anos, na edição de 13 de julho de 2000, a Nature, uma das mais importantes revistas científicas no mundo, destacou em sua capa o sequenciamento da bactéria Xylella fastidiosa, bactéria causadora da clorose variegada de citros, popularmente conhecida como praga do amarelinho. Era a primeira vez, em 131 anos de existência da revista, que sua capa trazia uma pesquisa feita por um grupo do Brasil. A novidade foi importante para a ciência mundial, por se tratar do primeiro sequenciamento do genoma de um fitopatógeno, um microrganismo causador de doença em plantas.

Técnicas para controlar a respiração, como em ioga ou meditação, por exemplo, estão se tornando populares como alternativa para tentar relaxar e diminuir o estresse. Mas como é mesmo que o cérebro controla a respiração? Segundo um grupo de cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos, são as células conhecidas como astrócitos que têm um papel central na regulação da respiração. Astrócitos são células com formato de estrela (daí o nome) encontradas no cérebro e na medula espinhal.

Estudos sobre manchas solares, fisiologia respiratória, operações financeiras, meteorologia e outras áreas tão diversas como essas poderão se beneficiar de uma pesquisa publicada no periódico Physical Review Letters. O trabalho foi feito por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), em cooperação com colegas das universidades japonesas de Kyoto e de Hokkaido. Por meio de simulações numéricas, o grupo analisou a intermitência espaço-temporal, um fenômeno encontrado em fluidos, plasmas, óptica, reações químicas e biomedicina.

DiamondsA distribuição de diamantes no subsolo terrestre é controlada por plumas mantélicas, fenômeno geológico que consiste na ascensão de um grande volume de magma de regiões profundas. Essa distribuição tem sido feita dessa forma há pelo menos meio bilhão de anos. A afirmação é de um estudo publicado na edição desta quinta-feira (15/7) da revista Nature. As plumas, originadas da fronteira entre o núcleo e o manto terrestre, são responsáveis pela distribuição dos kimberlitos, rochas vulcânicas raras das quais são retiradas os diamantes.

Presente em diversos tecidos, a proteína conexina 43 (Cx43) desempenha funções fundamentais no organismo, ainda que muitas sejam desconhecidas. Lucas Martins Chaible descobriu em sua pesquisa de mestrado na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP) que a Cx43 tem um papel crucial na formação óssea durante a fase fetal. A descoberta lhe rendeu o primeiro lugar no prêmio Young Investigator, concedido pela Sociedade de Patologia Toxicológica dos Estados Unidos (STP, na sigla em inglês) ao melhor pôster apresentado por estudantes.

marte-virtMarte como nunca se viu. A Microsoft Research e a Nasa, a agência espacial norte-americana, lançaram uma nova experiência para os usuários do WorldWide Telescope (WWT), serviço que permite explorar o Sistema Solar virtualmente. A novidade é o WWT-Mars Experience, que permite fazer passeios interativos por Marte, ouvindo comentários de cientistas e explorando o planeta por meio de imagens de alta resolução. Trata-se de um resultado do trabalho que vem sendo conduzido desde o inicio de 2009 pela Microsoft Research em parceria com cientistas de diversos países.

vitamina-dUm novo estudo indicou que pessoas com níveis elevados de vitamina D podem ter menor risco de desenvolver doença de Parkinson. O trabalho foi publicado na edição de julho dos Archives of Neurology. O papel da vitamina D na saúde óssea é conhecido, mas estudos anteriores apontaram a relação também com problemas como diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. Paul Knekt, do Instituto Nacional para Saúde e Bem-Estar da Finlândia, e colegas acompanharam 3.173 homens e mulheres com idades entre 50 e 79 anos e que não tinham diagnóstico de Parkinson no início do estudo, entre 1978 e 1980.

crittografiaUtilizados para garantir a segurança nas transações comerciais em meio eletrônico, os sistemas de criptografia são constantemente postos à prova. À medida que novos algoritmos são criados para codificar e tornar mais seguras informações sigilosas, surgem também novas maneiras de quebrá-los. Com base na teoria do caos, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um novo sistema de criptografia que, mesmo sendo mais seguro, mantém a velocidade e a operacionalidade dos sistemas tradicionais.