Ciência e Tecnologia

O Einstein@Home, um grande projeto de computação distribuída que conta com voluntários de cerca de 200 países, acaba de descobrir um pulsar raro e isolado com um campo magnético muito pequeno. A descoberta foi publicada nesta sexta-feira (13/8) na edição on-line da revista Science. Pulsares são estrelas de nêutrons muito densas que emitem pulsos de radiação eletromagnética. Denominado PSR J2007+2722, o pulsar emite ondas de rádio de 40,8 hertz e foi identificado a partir de dados obtidos pelo Observatório Arecibo, em Porto Rico.

archeo-34-1A mais antiga evidência do uso de ferramentas de pedra por hominídeos foi descoberta na Etiópia, na forma de dois ossos de ungulados (animais com casco). Também é a mais remota prova de consumo de carne por um ancestral do homem moderno. A descoberta leva o uso de pedras como ferramentas a cerca de 3,4 milhões de anos atrás, ou mais de 800 mil anos antes do mais antigo exemplo de que se tinha notícia até agora. O estudo, publicado na edição desta quinta-feira (12/8) da revista Nature, foi feito por Shannon McPherron, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária, na Alemanha, e colegas de diversos países.

Períodos de temperaturas mais frias estão relacionados com um aumento no risco de infartos agudos do miocárdio, de acordo com um estudo feito na London School of Hygiene & Tropical Medicine, no Reino Unido. Os pesquisadores verificaram que uma redução em 1º C na temperatura externa em um dia esteve associada com cerca de 200 infartos a mais do que a média anual. A pesquisa, publicada no British Medical Journal, foi feita a partir da análise de dados de 84 mil pacientes admitidos em hospitais com episódios de infarto entre 2003 e 2006. Os dados foram comparados com temperaturas diárias das regiões em que eles moravam. Foram avaliadas 15 áreas na Inglaterra e no País de Gales.

Certas pessoas são capazes de dormir em locais com muito ruído, enquanto outras têm sono leve, despertando por qualquer barulho. Um novo estudo buscou investigar os motivos da diferença. A pesquisa, publicada nesta terça-feira (10/8) na revista Current Biology, descobriu um padrão distinto nos ritmos cerebrais espontâneos naqueles que dormem pesadamente. “Ao medir as ondas cerebrais durante o sono, pudemos aprender muito sobre a capacidade do cérebro de um indivíduo em bloquear os efeitos negativos dos sons. Observamos que, quanto mais fusos do sono o cérebro produz, mais chances a pessoa tem de continuar dormindo, mesmo em ambientes com ruídos”, disse Jeffrey Ellenbogen, da Escola Médica Harvard, nos Estados Unidos.

lhc-cern-2O maior acelerador de partículas do mundo, o Large Hadron Collider (LHC), ou Grande Colisor de Partículas, começou a funcionar nesta quarta-feira, 10 de setembro, na fronteira entre a Suíça e a França. A um custo de 10 bilhões de dólares, a criação da máquina capaz de recriar a explosão que originou o Universo, o Big Bang, foi comparada pelo professor do Instituto de Física (IF) da Universidade de Brasília Paulo Caldas, em termos de impacto, com a descoberta da eletricidade. "Este é um novo degrau para entendermos o Universo. E vai causar um impacto em todas as áreas do conhecimento", afirmou o físico.

VaccineLogo após o aparecimento dos primeiros casos da gripe suína, no México, em abril de 2009, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, divulgou que a doença poderia se transformar em uma pandemia – o que de fato ocorreu. Um ano e meio depois, os cientistas do CDC continuam tentando entender a patologia do vírus da influenza A H1N1, causador da gripe. De acordo com Sherif Zaki, chefe do Departamento de Patologia e Doenças Infecciosas do CDC, o H1N1 pode estar se transformando e adquirindo uma patologia semelhante à do vírus da influenza sazonal, que causa a gripe comum.

O bloqueio que impede o crescimento de fibras nervosas jovens em mamíferos adultos pode ser liberado por meio da inibição ou da eliminação genética de uma enzima específica em células nervosas danificadas, indica uma pesquisa publicada neste domingo (8/8) na revista Nature Neuroscience. O trabalho sugere que terapias que usem como alvo essas enzimas responsáveis pelo bloqueio podem vir a ter efeitos benéficos para o tratamento de danos na medula espinhal. O estudo obteve a regeneração de conexões responsáveis pelos movimentos voluntários.

Na Escola Politécnica (Poli) da USP, estudos viabilizaram o desenvolvimento de um novo tipo de fibrocimento com uma tecnologia inédita no mundo, sem amianto e com excelente resistência. “Inspirados na natureza, desenvolvemos um fibrocimento com gradação funcional”, conta o engenheiro Cléber Dias. “O conceito é inspirado em materiais como o bambu, as ostras e, até mesmo, o osso humano. O fibrocimento desenvolvido se caracteriza por propriedades mecânicas que variam ponto a ponto, diferente dos convencionais, que são homogêneos”, explica o engenheiro.

sole-tsunamiNo dia 1º de agosto, quase todo o lado do Sol que é visto da Terra entrou em grande erupção. Após um período de calma um pouco mais longo do que o habitual na estrela, essa atividade deu origem a um fenômeno de enorme intensidade. A rajada solar de classe C3 emitida pelo Sol provocou, entre outros efeitos, o que os cientistas chamam de ejeção de massa coronal em direção à Terra. Essa emissão atingiu o campo magnético terrestre dois dias depois.

fapesp-cat-reptileUma nova espécie de crocodiliano do Período Cretáceo (de cerca de 145,5 milhões a 65,5 milhões de anos atrás) foi descoberta no sudoeste da Tanzânia, com pernas mais finas e dentes que até então eram considerados exclusivos de mamíferos. Os crocodilianos formam uma ordem de répteis aquáticos e ovíparos, que inclui os crocodilos, jacarés e o gavial, e são encontrados especialmente em regiões tropicais do mundo. Os crocodiliformes do Cretáceo, chamados de notossúquios, eram parentes distantes dos crocodilos e jacarés modernos.

FlorestaPesquisas recentes sobre o impacto das secas na região amazônica têm chegado a resultados contraditórios sobre como as florestas tropicais reagem a um clima mais quente e mais seco. Um novo estudo, feito por cientistas do Brasil e dos Estados Unidos, examina a resposta da Amazônia a variações nas condições climáticas, especificamente considerando como essas mudanças podem influenciar a produtividade da floresta. Os resultados fornecem um possível contexto para explicar por que estudos anteriores obtiveram conclusões diferentes.