Ciência e Tecnologia

Geleiras ajudaram a esculpir algumas das paisagens de maior destaque no mundo, como os Andes ou o Himalaia. Era praticamente um consenso entre os geólogos que as geleiras de montanhas – que surgiram há cerca de 4 milhões de anos em resposta ao esfriamento na temperatura do planeta – fossem as responsáveis pela erosão que levou às formas e aos tamanhos atuais da maioria das montanhas. Mas um novo estudo, publicado na edição desta quinta-feira (16/9) da revista Nature, afirma que as geleiras, mais que provocar erosão em picos e ajudar a formar vales, estimularam o crescimento das montanhas.

O resultado do Inventário Estadual de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), nos setores de energia e indústria, foi apresentado nesta terça-feira (14), durante a 14ª Reunião do Fórum Baiano de Mudanças Climáticas, realizado no auditório da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O estudo sobre emissão de gases de efeito estufa na Bahia foi exposto pela consultora Tereza Mousinho, doutora em Energia. Segundo ela, a elaboração do inventário de GEE é um primeiro passo, uma condição necessária para (a elaboração) o planejamento e execução de ações para a redução de emissão de gases de efeito estufa.

Uma boa notícia para os pais que se preocupam com os filhos que passam longas horas envolvidos com videogames. Segundo estudo feito na Universidade de Rochester, no Reino Unido, jogos eletrônicos podem ajudar seus usuários a tomar decisões mais rapidamente. E, apesar de mais rápidas, as decisões não são menos exatas. Segundo pesquisa publicada nesta terça-feira (14/9) na revista Current Biology, os jogadores desenvolvem uma maior sensibilidade ao que está ocorrendo em sua volta e esse ganho não apenas faz com que melhorem a pontuação nos games, mas também pode resultar na melhoria de habilidades empregadas em diversas outras tarefas.

O conhecimento atual sobre a genética das populações marinhas ainda é repleto de lacunas e, nos últimos 20 anos, muitos estudos sobre a dispersão desses organismos no tempo e no espaço levaram a resultados cientificamente inexplicáveis. Mas esses mistérios podem estar com os dias contados, de acordo com Joseph Neigel, do Departamento de Biologia da Universidade da Louisiana em Lafayette, nos Estados Unidos. Segundo o cientista, pesquisas que tiveram resultados intrigantes no passado poderão ter seus dados reinterpretados, graças ao desenvolvimento de novos métodos e tecnologias que permitam identificar geneticamente as larvas e investigar sua distribuição temporal e espacial em comunidades planctônicas.

e-skinUm grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, conseguiu produzir um material eletrônico sensível à pressão a partir de nanofios semicondutores. A conquista abre caminho para o desenvolvimento de um novo tipo de pele artificial. “A ideia é fazer com que o material tenha funcionalidades semelhantes à da pele humana, o que implica incorporar a capacidade de tocar e de sentir objetos”, disse Ali Javey, professor de engenharia elétrica e de ciência da computação e líder do estudo, cujos resultados foram publicados neste domingo (12/9) na revista Nature Materials. O material, denominado de e-skin (“pele eletrônica”) por seus criadores, é o primeiro feito de semicondutores inorgânicos cristalinos.

O Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP) homenageará, no dia 15 de setembro, os professores eméritos Marcello Damy (1914-2009) e Oscar Sala (1922-2010). A homenagem, que será realizada no Auditório Abrahão de Moraes do IFUSP, deverá contar com a presença de vários professores e pesquisadores, como Odair Dias Gonçalves, presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), e José Goldemberg, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP. Considerado um dos pilares do ensino e pesquisa de física no Brasil, Damy nasceu em Campinas (SP), em 1914.

Uma equipe de professores do curso de Engenharia Florestal da UFPR orientou nas últimas semanas em Moçambique, na África, a construção de uma estufa experimental que faz uso da energia solar para secagem de madeira. Pioneiro no país africano, esse processo de secagem contrasta com a prática atual no mercado moçambicano, que usa a madeira não-seca, o que dificulta a produção de produtos como móveis, estantes, mesas e materiais para construção. A estufa tem capacidade para 3 metros cúbicos de madeira serrada em tábuas de dimensões comerciais para atender o mercado de Moçambique.

raymond-andersenA diversidade de compostos químicos presente nas esponjas coloca esses animais marinhos entre as mais promissoras fontes para a obtenção de produtos naturais bioativos visando à produção de novas drogas, de acordo com Raymond Andersen, professor do Departamento de Química e Ciências da Terra e do Oceano da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. Andersen, cujo laboratório se dedica à prospecção, isolamento, análise estrutural e síntese de compostos extraídos de organismos marinhos, participou, nesta quinta-feira (9/9), do Workshop sobre biodiversidade marinha: avanços recentes em bioprospecção, biogeografia e filogeografia, realizado pelo programa Biota-FAPESP.

Polissacarídeos sulfatados (cadeia de açúcares com alto peso molecular) desempenham funções estruturais importantes, uma vez que estão envolvidos em diversos processos biológicos, como adesão, proliferação e diferenciação celular. Além disso, possuem diversas atividades farmacológicas: são anticoagulantes, antiinflamatórios e antitumorais. Em estudo apresentado nesta quinta-feira (9/9) no Workshop sobre biodiversidade marinha: avanços recentes em bioprospecção, biogeografia e filogeografia, realizado pelo programa Biota-FAPESP na sede da Fundação, Paulo Mourão, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), demonstrou a importância desses polissacarídeos no processo de fertilização de alguns invertebrados marinhos.

As tecnologias atuais de geração de energia não são suficientes para reduzir as emissões de carbono aos níveis considerados necessários para evitar os riscos ao planeta promovidos pelo aquecimento global. A afirmação é de um artigo publicado por cientistas dos Estados Unidos e do Canadá na edição desta sexta-feira (10/9) da revista Science. Estima-se que, para evitar os riscos das mudanças climáticas globais, seria preciso evitar que a temperatura média do mundo chegasse a 2º C acima dos níveis anteriores à Revolução Industrial.

O Laboratório de Citogenética do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP propõe novos critérios para o tratamento de crianças e adolescentes que sofrem de leucemia linfoide aguda. “Nosso método avalia a resposta ao tratamento ‘in vivo’, isto é, do paciente. O resultado deverá ser incluído no novo Protocolo Brasileiro de Tratamento de Leucemia Infantil”, afirma o coordenador do grupo, Luiz Gonzaga Tone.