O estudo realizado pelo professor da Faculdade de Medicina da Unoeste, Dr. Gabriel Cardoso Ramalho Neto, especialista na área de Otorrinolaringologia, pela residente do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia-SP, Marcela Gonçalves Câmara e orientado pelo farmacêutico bioquímico, imunologista e também docente da Unoeste, Dr. Luiz Euribel Prestes Carneiro, foi recentemente publicado na revista International Archives of Othorinolaryngology com o título “Adenotonsillectomy Effect on the Quality of Children with Adenotonsilar Hyperplasia”.
De acordo com o médico, o aumento acentuado das tonsilas (amigdalas) e adenóide (hiperplasia adenotonsilar), duas estruturas anatômicas localizadas na porta de entrada do sistema respiratório e digestivo, é a causa mais comum de obstrução respiratória em crianças. “São chamados órgãos linfóides e têm uma importante função imunológica, pois participam ativamente da defesa inicial contra bactérias, fungos e vírus”, completa Ramalho Neto.
Ele explica ainda que a dificuldade crônica das crianças em respirar origina um grupo de anormalidades como ronco, síndrome de apnéia obstrutiva do sono e elevada incidência de infecção de repetição das vias aéreas superiores, especialmente na garganta, o que leva ao uso contínuo de antibióticos.
Luiz Euribel ressalta que pode-se identificar nessas crianças –chamadas de respiratórias bucais – vários sinais clínicos de alterações no padrão normal da respiração, mastigação, dicção, aumento da curvatura do palato (céu da boca) e da arcada dentária, diminuição do crescimento e baixo peso. “Pela dificuldade de dormir de maneira adequada, podem ocorrer alterações do comportamento como irritabilidade, baixo rendimento escolar, sonolência e dor de cabeça matinal. Nos casos mais graves, a retirada desses órgãos (adenotonsilectomia) é o tratamento mais indicado”.
A pesquisa está disponível no site de Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia – www.arquivosdeorl.org.br
Assessoria de Imprensa Unoeste
(Universidade do Oeste Paulista)